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Dólar recua mas segue acima dos R$ 4 com otimismo no exterior

Otimismo no cenário internacional com um renovado acordo comercial entre Estados Unidos, Canadá e México favoreceu a queda.

Dólar: Novos levantamentos eleitorais devem afetar oscilação da moeda, afirmam especialistas (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: Novos levantamentos eleitorais devem afetar oscilação da moeda, afirmam especialistas (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de outubro de 2018 às 17h32.

Última atualização em 1 de outubro de 2018 às 17h40.

São Paulo - O dólar iniciou outubro em baixa ante o real, com a cautela com o primeiro turno da eleição presidencial suavizada pelo otimismo no cenário internacional com um renovado acordo comercial entre Estados Unidos, Canadá e México (o USMCA, que substituirá o Nafta).

O dólar recuou 0,47 por cento, a 4,0183 reais na venda, depois de recuar 0,87 por cento em setembro, terminando o último pregão do mês cotado a 4,0371 reais.

Na mínima da sessão, foi a 4,0045 reais e, na máxima, a 4,0639 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,90 por cento.

Ibope e Datafolha vão se revezar nesta semana com novos levantamentos de intenção de votos, a começar pelo primeiro nesta segunda-feira.

"Pesquisas eleitorais vão continuar influenciando o movimento do real... fator que deverá trazer volatilidade para o mercado ainda esta semana", disse a Fair Corretora de Câmbio em relatório.

O levantamento mais recente foi divulgado nesta manhã pelo BTG Pactual e mostrou que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, manteve a liderança nas intenções de voto no primeiro turno à frente de Fernando Haddad (PT), agora com 7 pontos de diferença ante 10 pontos na semana passada.

Dois outros levantamentos saíram nos últimos dias: o Datafolha, na sexta-feira, mostrou que Bolsonaro segue na liderança no primeiro turno, seguido por Haddad, mas que na segunda rodada a vitória seria do petista.

Já o levantamento do CNT/MDA no domingo apontou empate técnico de Bolsonaro -que recebeu alta do hospital no sábado- com Haddad, também com vitória do petista no segundo turno.

No exterior, a busca pelo risco predominou, com os investidores mais animados depois que Estados Unidos e Canadá fecharam no domingo um acordo de último minuto para salvar o Nafta como um pacto trilateral com o México, resgatando uma zona de livre comércio entre três países de 1,2 trilhão de dólares.

O dólar caía ante as divisas de países emergentes, com destaque para o peso argentino, no primeiro dia da nova banda cambial acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI), e a lira turca, com sinais de que um impasse político entre Washington e Ancara possa ser solucionado em breve, e com garantias do presidente turco, Tayyip Erdogan, de que ele não vai interferir na política do banco central do país.

Ante a cesta de moedas fortes, o dólar exibia pequena alta perto do fechamento do mercado doméstico.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 385 milhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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