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Dólar recua para R$3,25 com foco em cena política

Temer passou o final de semana com negociações intensas para costurar uma reforma ministerial que agrade a base aliada

Dólar: "O viés é de queda (do dólar), com o investidor retomando um pouco a confiança com relação à aprovação da reforma da Previdência" (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Dólar: "O viés é de queda (do dólar), com o investidor retomando um pouco a confiança com relação à aprovação da reforma da Previdência" (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 17h20.

São Paulo - O dólar fechou a terça-feira em queda e na casa de 3,25 reais, com os investidores de olho na cena política local diante das negociações do presidente Michel Temer para conseguir colocar em votação a reforma da Previdência.

O dólar recuou 0,27 por cento, a 3,2524 reais na venda, depois de bater 3,2395 reais na mínima do dia. O dólar futuro cedia ceca de 0,20 por cento no final do dia.

"O viés é de queda (do dólar), com o investidor retomando um pouco a confiança com relação à aprovação da reforma da Previdência", afirmou o operador de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva Filho.

Temer passou o final de semana com negociações intensas para costurar uma reforma ministerial que agrade a base aliada e, assim, conquistar votos para apreciar a reforma em breve.

Uma das movimentações foi a escolha de um deputado ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para o Ministério das Cidades. O eleito foi Alexandre Baldy (Podemos-GO), que deixou o partido para se filiar ao PP e assumir a pasta.

Mas Temer ainda costurava outras mudanças no seu primeiro escalão para agradar a bancada de deputados do PMDB a fim de tentar ampliar sua base de apoio para aprovar a versão enxuta da reforma da Previdência.

No entanto, nesta manhã, Maia disse em entrevista à rádio CBN que o governo ainda está "muito longe" de obter os 308 votos necessários para aprovar a reforma, mas argumentou que o texto é "fundamental e urgente" para o Brasil.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas e passou a cair ante divisas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano, influenciando na trajetória do real.

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