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Dólar sobe 1% e supera R$ 3,85 com Trump e Copom

A cotação superou sua média móvel de 200 dias pela primeira vez desde meados de junho, o que é visto como um sinal técnico de mais altas

Dólar: disparava contra outras divisas emergentes, (iStock/Getty Images)

Dólar: disparava contra outras divisas emergentes, (iStock/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 15h47.

Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 16h15.

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar disparava ante o real nesta quinta-feira, em alta de mais de 1% e acima de 3,85 reais, alcançando patamares não vistos em um mês, na esteira do saldo da moeda no exterior após o presidente dos Estados Unidos dizer que vai impor tarifas sobre mais produtos chineses.

A cotação superou sua média móvel de 200 dias pela primeira vez desde meados de junho, o que é visto como um sinal técnico de mais altas.

O real estava entre as divisas que mais perdiam terreno nesta sessão, pressionado adicionalmente pela sinalização do Banco Central de mais cortes da Selic à frente, depois de um Federal Reserve que soou bem menos "dovish" que o esperado.

"A questão do diferencial de juros entre Brasil e EUA está impactando o câmbio e vai continuar assim", disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets.

Às 15:13, o dólar avançava 0,95%, a 3,8534 reais na venda. Na máxima, a cotação bateu 3,8620 reais (+1,17%).

Na B3, o dólar futuro de maior liquidez saltava 0,89%, a 3,8555 reais. O volume para o primeiro vencimento era de quase 410 mil contratos, já o mais forte desde 10 de julho.

No exterior, o dólar disparava contra outras divisas emergentes, como peso mexicano, rand sul-africano e lira turca.

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