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Dólar tem leve queda ante real de olho na reforma trabalhista

Às 10:17, a moeda americana recuava 0,20 por cento, a 3,2531 reais na venda. O dólar futuro tinha leve baixa de cerca de 0,15 por cento

Michel Temer: Banco Central brasileiro realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais (iStock/Getty Images)

Michel Temer: Banco Central brasileiro realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais (iStock/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2017 às 10h45.

São Paulo - O dólar tinha leve queda nesta terça-feira, ainda rondando o patamar de 3,25 reais, com os investidores atentos à cena política no dia da votação da reforma trabalhista pelo plenário do Senado em meio à situação cada vez mais delicada do presidente Michel Temer, que vem perdendo apoio político.

Às 10:17, o dólar recuava 0,20 por cento, a 3,2531 reais na venda. O dólar futuro tinha leve baixa de cerca de 0,15 por cento.

"O dólar deve continuar a trabalhar abaixo dos 3,30 reais se tudo continuar como esperado pelo mercado", avaliou o gerente de tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

O esperado é que a reforma trabalhista, cuja votação está marcada para esta terça-feira, seja aprovada e a atual equipe econômica continue após eventual substituição de Temer.

O presidente sofreu um revés na véspera, com o parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) favorável para que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar a denúncia contra Temer por crime de corrupção passiva.

Cada vez mais o mercado vem precificando que um afastamento de Temer, que seria substituído pelo menos temporariamente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), será positivo para o andamento das reformas.

"Tal votação (da reforma trabalhista) se coloca como chave para a manutenção do 'sangue-frio' de investidores que, como sabemos, tentam encontrar um desfecho positivo ao ajuste fiscal em meio à baderna política que temos vivenciado", informou a corretora H.Commcor em relatório.

O mercado doméstico estava mais descolado do exterior, onde o dólar subia ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes, como o peso mexicano, em meio às crescentes expectativas de que importantes economias adotarão políticas monetárias mais restritivas.

O Banco Central brasileiro realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para a rolagem dos contratos que vencem em agosto.

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