Nesta terça-feira, 10, os mercados operam atentos ao segundo dia de reuniões entre Estados Unidos e China, em Londres. A retomada das negociações comerciais ocorre a partir das 6h da manhã (horário de Brasília), com expectativa positiva por parte dos investidores. Apesar das críticas recentes do presidente Donald Trump, que afirmou que a China "não é um país fácil", ele também reconheceu que as conversas estão "indo bem".
Com a agenda internacional esvaziada de indicadores, o encontro entre as duas maiores economias do mundo concentra as atenções e pode ditar o tom dos mercados ao longo do dia.
No Brasil, o destaque é a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de maio, prevista para as 9h. A expectativa do mercado, segundo a mediana do Broadcast, é de desaceleração para 0,34%, após a alta de 0,43% registrada em abril. A queda nos preços dos alimentos e a deflação nas passagens aéreas devem puxar o alívio inflacionário.
Em Brasília, os olhos estão voltados para a agenda do ministro Fernando Haddad, que deve apresentar ao presidente Lula, de volta da França, os detalhes sobre as mudanças no IOF e as novas propostas ligadas à Medida Provisória da Fazenda.
Às 8h, a FGV publica a primeira prévia do IGP-M de junho. Às 10h, a ABCR, em parceria com a Tendências, apresenta os dados de fluxo de veículos em estradas pedagiadas no mês passado.
Entre os eventos em destaque, há, às 10h, a participação do diretor do Banco Central Gabriel Galípolo na Febraban Tech, em São Paulo. Às 16h, o secretário-geral do Banco Central, Rogério Lucca, também participa do evento.
Às 13h, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, discursa em um evento em Nova York.
Às 13h30, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, participa de uma audiência pública sobre inteligência artificial.
Às 14h, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, fala em audiência pública na Câmara.
Mercados internacionais
Os mercados asiáticos tiveram desempenho misto nesta terça-feira, 10. O índice Nikkei 225, de Tóquio, avançou 0,32%, enquanto o Topix permaneceu estável. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,56% e o Kosdaq, focado em pequenas empresas, registrou alta de 0,91%, alcançando sua quinta alta consecutiva.
Por outro lado, o CSI 300, da China, caiu 0,51%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, fechou praticamente estável. Na Índia, o Nifty 50 teve leve alta de 0,15%, com o BSE Sensex operando próximo da estabilidade. O mercado australiano se destacou, com o S&P/ASX 200 subindo 0,84%.
Na Europa, as bolsas operavam em queda por volta das 7h30 (horário de Brasília), com exceção do mercado britânico. O índice Stoxx 600 recuava 0,12%, o CAC 40, de Paris, caía 0,09% e o DAX, de Frankfurt, registrava baixa de 0,52%. O FTSE 100, de Londres, destoava ao subir 0,43%. As ações do setor de defesa lideravam as perdas, pressionadas pela expectativa de que as negociações entre EUA e China incluam temas sensíveis como as restrições às terras raras, essenciais para a indústria bélica.
Nos Estados Unidos, os futuros de ações do Dow Jones recuavam 0,03%, os do S&P 500 ganhavam 0,1% e os do Nasdaq 100 subiam 0,12%. O movimento reflete cautela dos investidores diante das negociações comerciais e das incertezas no cenário global.