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EUA x China, IPCA e agenda de Haddad com Lula: os principais destaques do mercado nesta terça-feira

Com a agenda internacional esvaziada de indicadores, o encontro entre as duas maiores economias do mundo concentra as atenções

Publicado em 10 de junho de 2025 às 07h42.

Última atualização em 10 de junho de 2025 às 07h44.

Nesta terça-feira, 10, os mercados operam atentos ao segundo dia de reuniões entre Estados Unidos e China, em Londres. A retomada das negociações comerciais ocorre a partir das 6h da manhã (horário de Brasília), com expectativa positiva por parte dos investidores. Apesar das críticas recentes do presidente Donald Trump, que afirmou que a China "não é um país fácil", ele também reconheceu que as conversas estão "indo bem".

Com a agenda internacional esvaziada de indicadores, o encontro entre as duas maiores economias do mundo concentra as atenções e pode ditar o tom dos mercados ao longo do dia.

No Brasil, o destaque é a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de maio, prevista para as 9h. A expectativa do mercado, segundo a mediana do Broadcast, é de desaceleração para 0,34%, após a alta de 0,43% registrada em abril. A queda nos preços dos alimentos e a deflação nas passagens aéreas devem puxar o alívio inflacionário.

Em Brasília, os olhos estão voltados para a agenda do ministro Fernando Haddad, que deve apresentar ao presidente Lula, de volta da França, os detalhes sobre as mudanças no IOF e as novas propostas ligadas à Medida Provisória da Fazenda.

Às 8h, a FGV publica a primeira prévia do IGP-M de junho. Às 10h, a ABCR, em parceria com a Tendências, apresenta os dados de fluxo de veículos em estradas pedagiadas no mês passado.

Entre os eventos em destaque, há, às 10h, a participação do diretor do Banco Central Gabriel Galípolo na Febraban Tech, em São Paulo. Às 16h, o secretário-geral do Banco Central, Rogério Lucca, também participa do evento.

Às 13h, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, discursa em um evento em Nova York.

Às 13h30, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, participa de uma audiência pública sobre inteligência artificial.

Às 14h, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, fala em audiência pública na Câmara.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos tiveram desempenho misto nesta terça-feira, 10. O índice Nikkei 225, de Tóquio, avançou 0,32%, enquanto o Topix permaneceu estável. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,56% e o Kosdaq, focado em pequenas empresas, registrou alta de 0,91%, alcançando sua quinta alta consecutiva.

Por outro lado, o CSI 300, da China, caiu 0,51%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, fechou praticamente estável. Na Índia, o Nifty 50 teve leve alta de 0,15%, com o BSE Sensex operando próximo da estabilidade. O mercado australiano se destacou, com o S&P/ASX 200 subindo 0,84%.

Na Europa, as bolsas operavam em queda por volta das 7h30 (horário de Brasília), com exceção do mercado britânico. O índice Stoxx 600 recuava 0,12%, o CAC 40, de Paris, caía 0,09% e o DAX, de Frankfurt, registrava baixa de 0,52%. O FTSE 100, de Londres, destoava ao subir 0,43%. As ações do setor de defesa lideravam as perdas, pressionadas pela expectativa de que as negociações entre EUA e China incluam temas sensíveis como as restrições às terras raras, essenciais para a indústria bélica.

Nos Estados Unidos, os futuros de ações do Dow Jones recuavam 0,03%, os do S&P 500 ganhavam 0,1% e os do Nasdaq 100 subiam 0,12%. O movimento reflete cautela dos investidores diante das negociações comerciais e das incertezas no cenário global.

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