Hong Kong: índice Hang Seng subiu 1,78% nesta quarta-feira, 17, puxando ganhos na Ásia (Xaume Olleros/Anadolu Agency/Getty Images)
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Publicado em 17 de setembro de 2025 às 06h54.
As bolsas internacionais operam mistas nesta quarta-feira, 17, com investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que deve anunciar corte de 0,25 ponto percentual nos juros.
Os mercados asiáticos fecharam mistos. O destaque positivo foi o Hang Seng, de Hong Kong, que avançou 1,78% impulsionado por ações de tecnologia. Papéis da Alibaba subiram 2,6% e os da Baidu dispararam quase 16%, em meio à expectativa de que investimentos em inteligência artificial tragam retornos robustos.
O Shanghai Composite também avançou 0,4%. Já o CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, registrou alta de 0,61%.
Entre os negativos, o Kospi da Coreia do Sul caiu 1,05%, enquanto o Kosdaq recuou 0,74%.
No Japão, o Nikkei 225 recuou 0,3% e o Topix caiu 0,71%. A queda refletiu novos dados do Ministério das Finanças. As exportações japonesas para os Estados Unidos despencaram 13,8% em agosto, quinta queda mensal seguida, pressionadas pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre automóveis e autopeças. Embora as tarifas tenham sido reduzidas nesta semana de 27,5% para 15%, ainda estão bem acima do nível original de 2,5%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou em baixa de 0,67%. Já na Índia, as bolsas ainda estavam abertas por volta das 5h50 (horário de Brasília): o BSE Sensex avançava 0,33% e o Nifty 50 tinha alta de 0,25%.
As bolsas europeias abriram em alta, acompanhando o clima de expectativa pelo Fed. O Stoxx 600 subia 0,12% às 5h50, com destaque para o DAX de Frankfurt, que avançava 0,34%, e para o FTSE 100 de Londres, em alta de 0,21%. O CAC 40 de Paris oscilava próximo da estabilidade, com ganho de 0,02%.
O mercado recebeu nesta manhã o dado de inflação do Reino Unido, que mostrou estabilidade em 3,8% em agosto, a mais alta entre as economias avançadas. A leitura reforça a percepção de que o Banco da Inglaterra deve manter os juros inalterados em sua reunião desta quinta-feira.
No noticiário corporativo, supermercados britânicos se destacam. Marks & Spencer avançava 3,2% e Sainsbury’s, 2,9%, após a rede encerrar negociações para vender a Argos à chinesa JD.com. O setor de defesa também registrava ganhos, com alta em empresas como Rheinmetall (Alemanha), Hensoldt (Alemanha) e Saab (Suécia).
Os futuros de Nova York operavam estáveis antes da decisão do Fed. Os do Dow Jones subiam 0,02%, enquanto os futuros do S&P 500 caíam 0,03% e os do Nasdaq 100 recuavam 0,04%.
Os investidores atribuem 96% de probabilidade a um corte de 0,25 ponto percentual, segundo o CME FedWatch Tool. Além da decisão em si, a atenção recai sobre o discurso do presidente Jerome Powell.
Na véspera, Wall Street fechou próxima da estabilidade. O S&P 500 chegou a renovar recorde intradiário, mas perdeu força no fim do pregão. O Dow Jones recuou 0,27%, enquanto o Nasdaq ficou praticamente estável após forte valorização na segunda-feira.
Ainda nos EUA, os dados de agosto mostraram que as vendas no varejo cresceram mais do que o esperado, reforçando a resiliência do consumo apesar do desaquecimento do mercado de trabalho.