(Nubank/Divulgação)
Repórter
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 13h27.
O Nubank anunciou nesta quinta-feira, 6, o fim do modelo remoto de trabalho. A partir de julho de 2026, a fintech passará a operar em um formato híbrido, com os funcionários voltando aos escritórios ao menos duas vezes por semana. O retorno com três dias presenciais está previsto para janeiro de 2027.
O comunicado interno, assinado pelo CEO David Vélez, marcou o encerramento de um ciclo iniciado na pandemia, quando o banco digital adotou o home office integral, com as equipes se reunindo presencialmente pelo menos uma semana a cada trimestre.
“Cultura é o nosso superpoder; estar juntos é como a fortalecemos”, afirmou Vélez em mensagem aos funcionários.
De acordo com o CEO, a volta parcial ao escritório tem como objetivo reforçar a colaboração e a produtividade coletiva. Ele argumenta que, quando as equipes compartilham o mesmo espaço, problemas são resolvidos mais rapidamente, o feedback se torna mais humano e contextualizado e a responsabilidade entre os times aumenta.
Para Vélez, o trabalho remoto privilegia a conveniência individual, mas pode prejudicar a coordenação e a eficiência. O modelo híbrido, segundo ele, busca equilibrar flexibilidade e desempenho.
Para acomodar a mudança, a empresa informou que vai ampliar sua infraestrutura física em São Paulo, Cidade do México e Bogotá, além de abrir novos espaços em Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Buenos Aires, área metropolitana de Washington, Miami e Palo Alto.
A fintech prevê suporte para realocação dos funcionários que precisarem se mudar para mais perto dos escritórios.
O Nubank informou que algumas funções operacionais e de suporte permanecerão remotas, como ouvidoria e aquisição de talentos.
Além disso, a empresa permitirá exceções individuais para casos específicos. Funcionários poderão solicitar adiamento da volta presencial com base em critérios como senioridade, desempenho, distância do escritório e situações pessoais, incluindo condições médicas.
O CEO ressaltou, porém, que essas exceções serão raras e limitadas, já que o novo modelo prioriza a convivência presencial como padrão de trabalho. Segundo Vélez, o objetivo é unir o “melhor dos dois mundos” — a flexibilidade do trabalho remoto e os ganhos de colaboração do convívio presencial.