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G7, tensões no Oriente Médio, atividade industrial de NY: o que move os mercados

Investidores também monitoram dados da China, crise do IOF e relatório da Opep sobre petróleo

Banco Central: às 9h, o BC divulga o IBC-Br de abril, prévia do PIB brasileiro








 (Leandro Fonseca/Exame)

Banco Central: às 9h, o BC divulga o IBC-Br de abril, prévia do PIB brasileiro (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 16 de junho de 2025 às 07h49.

Os mercados globais começam a semana com foco nas tensões entre Israel e Irã, na política tarifária dos Estados Unidos e na expectativa pelas decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos na "Superquarta".

Nesta segunda-feira, 16, o dia começa com uma série de indicadores relevantes no Brasil e no exterior que devem orientar os investidores.

No cenário doméstico, às 8h, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de junho e a prévia do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), dois dados importantes para acompanhar a dinâmica da inflação. No mesmo horário, o Banco Central (BC) publica a Pesquisa Focus, que atualiza as projeções do mercado para inflação, juros, câmbio e Produto Interno Bruto (PIB).

Às 9h, sai o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de abril, considerado uma prévia do PIB, que ajuda a medir o ritmo da atividade econômica no país.

Pouco depois, às 9h30, os investidores acompanham nos Estados Unidos o Índice Empire State de Atividade Industrial, divulgado pelo Federal Reserve de Nova York (Fed de NY), que traz uma leitura do setor manufatureiro na região e pode influenciar as expectativas sobre a economia americana.

Ao longo do dia, o mercado também monitora o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que deve atualizar as projeções para oferta e demanda de petróleo em meio à pressão dos preços causada pela escalada do conflito entre Israel e Irã.

No campo político, investidores acompanham de perto os desdobramentos da crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A Câmara dos Deputados pode votar ainda hoje a urgência de um Projeto de Decreto Legislativo que revoga o reajuste do imposto, o que adiciona mais uma camada de incerteza fiscal ao mercado.

Lá fora, as atenções também se voltam para a cúpula de líderes do Grupo dos Sete (G7), que acontece no Canadá e pode gerar repercussões sobre comércio global, geopolítica e mudanças climáticas.

Mercados internacionais

Os mercados internacionais operam em alta nesta segunda-feira, 16, com os investidores reagindo aos dados econômicos da China e acompanhando movimentos corporativos na Europa.

Na Ásia, os principais índices fecharam no campo positivo. O Nikkei, em Tóquio, avançou 1,26%, o Kospi, na Coreia do Sul, subiu 1,8%, e o Hang Seng, em Hong Kong, ganhou 0,7%.

Na China, o CSI 300 registrou alta mais modesta, de 0,25%, após a divulgação de que as vendas no varejo cresceram 6,4% em maio na comparação anual, enquanto a produção industrial subiu 5,8%, abaixo das expectativas. Na Austrália, o mercado ficou estável.

Na Europa, as bolsas também operam no azul. O CAC 40, de Paris, sobe 0,74%, impulsionado pela disparada de mais de 7% das ações da Kering (dona de marcas como Gucci e Balenciaga), após a notícia de que o CEO da Renault, Luca de Meo, deve assumir o comando do grupo de luxo. No sentido oposto, os papéis da Renault caem mais de 7%.

O índice DAX, da Alemanha, avança 0,40%, o FTSE 100, de Londres, sobe 0,39% e o europeu Stoxx 600 registra alta de 0,30%.

Os futuros de Wall Street também indicam uma abertura em alta. O Dow Jones sobe 0,39%, o S&P 500 avança 0,46% e o Nasdaq 100 tem alta de 0,54%, em dia de atenção aos dados de atividade industrial de Nova York e à escalada das tensões no Oriente Médio.

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