GM: a empresa faturou U$ 48,59 bilhões no 3º trimestre, acima do consenso de US$ 45,33 bilhões (Emily Elconin/Bloomberg/Getty Images)
Repórter
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 09h07.
As ações da montadora americana General Motors (GM) dispararam nesta terça-feira, 21, após a companhia divulgar resultados do terceiro trimestre acima das expectativas de Wall Street e elevar sua projeção de lucro anual.
Às 9h05 (horário de Brasília), os papéis subiam 10,13% no pré-mercado de Nova York, cotados a US$ 63,9. No ano, as ações acumulavam alta de cerca de 9% até o fechamento de segunda-feira.
A GM agora projeta lucro ajustado antes de juros e impostos (EBIT) entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões em 2025, acima da faixa anterior de US$ 10 bilhões a US$ 12,5 bilhões.
O otimismo vem do desempenho acima do esperado nas vendas de picapes e SUVs e do alívio recente com tarifas sobre autopeças.
Na carta aos acionistas, a CEO Mary Barra agradeceu ao presidente Donald Trump pela extensão até 2030 de um desconto tarifário para montadoras que produzem e vendem carros nos Estados Unidos. “A GM está muito bem posicionada enquanto investimos para ampliar nossa já significativa base doméstica de produção”, disse Barra.
No terceiro trimestre, a GM registrou lucro ajustado de US$ 2,80 por ação, acima da estimativa média de analistas de US$ 2,31 por ação e da receita de US$ 48,59 bilhões, também superando o consenso de US$ 45,27 bilhões. O resultado reforçou a confiança da montadora para o último trimestre do ano.
“Graças aos esforços coletivos da nossa equipe e ao nosso portfólio de veículos atraente, a GM entregou mais um trimestre muito bom de lucros e fluxo de caixa livre. Com base no nosso desempenho, estamos elevando nossa projeção para o ano, reforçando nossa confiança na trajetória da empresa”, afirmou Mary Barra na carta aos acionistas.
O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de US$ 1,3 bilhão, uma queda de 57% em relação aos cerca de US$ 3,1 bilhões registrados no mesmo período de 2024. A margem líquida recuou de 6,3% para 2,7%, refletindo pressões sobre custos e margens, independentemente do encargo extraordinário.
Os números ajustados, no entanto, excluem um encargo especial de US$ 1,6 bilhão, divulgado na semana passada, relacionado à redução dos investimentos em veículos elétricos.