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Goldman Sachs vê sinal de novo corte de juros em outubro após coletiva de Powell

O Federal Reserve decidiu cortar em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros dos EUA

Jerome Powell: coletiva após decisão do Fed deve indicar próximos passos para os juros nos EUA (Chip Somodevilla/Getty Images)

Jerome Powell: coletiva após decisão do Fed deve indicar próximos passos para os juros nos EUA (Chip Somodevilla/Getty Images)

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 16h31.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, classificou o corte de juros da última quarta-feira, 17, como uma medida de gestão de risco. A redução foi de 0,25 ponto percentual e gerou reação negativa nos mercados.

Para David Mericle, economista do Goldman Sachs, os investidores podem ter interpretado de forma equivocada a mensagem. Ele avalia que as declarações do presidente do Fed aumentam a probabilidade de uma nova redução já em outubro.

Durante discurso, Powell descartou a hipótese de um corte maior, de 0,5 ponto percentual, apoiado apenas pelo novo governador Stephen Miran. Ainda assim, Mericle considera que há vários sinais de continuidade no afrouxamento monetário.

Possíveis sinais de redução

Segundo o economista, as projeções internas indicam três cortes ainda neste ano, e não dois, como precificado pelo mercado. Embora nem todos os 19 membros tenham direito a voto, o economista considera provável que a liderança do banco central esteja no grupo majoritário, influenciada pelo enfraquecimento recente dos dados do mercado de trabalho.

A nota divulgada após a decisão trouxe linguagem semelhante à usada em setembro de 2024 e no discurso de Powell em Jackson Hole, ambos marcados por tom mais cauteloso.

Mericle lembra que o Fed utilizou discurso parecido antes de realizar três cortes no ano passado. Ele observa ainda que medidas preventivas costumam ser aplicadas em sequência, sem intervalos longos entre reuniões.

Por fim, Powell afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto precisa cumprir a trajetória esperada de redução para garantir suporte à economia.

Na quarta-feira, após a decisão, o S&P 500 fechou em queda, mas alcançou o terceiro maior nível de encerramento da história.

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