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Grécia e BCE ocupam foco em dia com balanço da Petrobras

País tenta obter nova ajuda financeira necessária a fim de evitar um default desordenado

A reunião do Banco Central Europeu é outro foco de atenção hoje (Ralph Orlowski/Getty Images)

A reunião do Banco Central Europeu é outro foco de atenção hoje (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 07h22.

São Paulo - A Europa continua no radar nesta quinta-feira, após líderes gregos não chegarem a um acordo, obrigando o ministro de Finanças da Grécia a viajar a Bruxelas no final do dia sem o pacote de reformas completo esperado para a nova ajuda financeira necessária a fim de evitar um default desordenado.

"A sobrevivência financeira do país nos próximos anos depende do novo programa... É tempo de responsabilidade para todos", afirmou Evangelos Venizelos, após as negociações que entraram pela madrugrada. A reunião do Banco Central Europeu (BCE) é outro foco de atenção, principalmente o que a autoridade monetária pode fazer para ajudar Atenas.

O presidente da instituição, Mario Draghi, no entanto, pode optar pelo silêncio com a questão ainda não resolvida. Em relação aos juros da zona do euro, a expectativa é de estabilidade, embora agentes devam buscar sinais sobre cortes futuros, principalmente na coletiva à imprensa.

A China também ocupava os holofotes nesta sessão ao reportar uma aceleração na inflação ao consumidor acima do esperado em janeiro. A distorção sazonal dificulta a leitura do dado, mas economistas afirmaram ser provável que tenha sido reduzida qualquer expectativa de um corte na alíquota do depósito compulsório do bancos, um movimento esperado após o feriado do Ano Novo Lunar, mas que não se materializou.

O índice de preços ao consumidor da China subiu 4,5 por cento em janeiro em relação a um ano antes, de acordo com a Agência Nacional de Estatísticas (NBS) do país. O dado representa uma aceleração ante os 4,1 por cento de dezembro e superou as expectativas de analistas (4,1 por cento). Ante dezembro, houve elevação de 1,5 por cento. Nos mercados, o viés era relativamente positivo.

Às 7h40, o índice europeu FTSEurofirst 300 subia 0,43 por cento e o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,05 por cento - 0,70 ponto. O MSCI para ações globais ganhava 0,2 por cento e para emergentes, 0,11 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 0,2 por cento.

Em Tóquio, o Nikkei fechou em baixa de 0,15 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com elevação de 0,09 por cento. Entre as moedas, o euro apreciava-se 0,29 por cento, a 1,3300 dólar, o que influenciava a queda de 0,25 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais.

Em relação ao iene, o dólar subia 0,17 por cento, a 77,19 ienes. No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent aumentava 0,78 por cento em Londres, a 118,11 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York subia 0,63 por cento, a 99,34 dólares. No Brasil, a quinta-feira traz o resultado trimestral da gigante Petrobras após o fechamento do mercado local.

O conselho da estatal deve confirmar também o nome de Maria das Graças Foster para a presidência da companhia e há expectativa de que divulgue o nome do novo diretor de Gás e Energia. Balanços conhecidos entre a quarta-feira e hoje, como Cielo , Lojas Renner e Cosan, também podem influenciar as operações.

Ainda, a Brasil Travel mudou para esta sessão a precificação das ações no primeiro IPO de 2012.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros na quarta-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,7178 real, em queda de 0,38 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 0,13 por cento, para 65.831 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,95 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - Às 18h18 (horário de Brasília), o índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,07 por cento, a 34.083 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 estava em 9,390 por cento ao ano, ante 9,450 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3260 dólar, ante 1,3264 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 133,000 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,346 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 1 ponto, para 201 pontos-básicos. O EMB+ cedia 2 pontos, a 338 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 0,01 por cento, a 12.876 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,19 por cento, a 1.349 pontos, e o Nasdaq ganhava 0,35 por cento, aos 2.914 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto fechou em alta de 0,30 dólar, ou 0,30 por cento, a 98,71 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9734 por cento, frente a 1,977 por cento no fechamento anterior.

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