A divulgação dos resultados da empresa está prevista para acontecer dia 28 de março (Mobly/Divulgação)
Repórter
Publicado em 17 de março de 2025 às 15h15.
Última atualização em 17 de março de 2025 às 15h17.
O Grupo Mobly, que comprou a Tok&Stok em agosto do ano passado, vai se chamar a partir de agora Grupo Toky. É uma mudança mais para o público interno e investidores, já que as duas marcas serão tocadas de forma independente.
“Mais do que a junção dos dois nomes, a nova marca pretende valorizar as pessoas que vêm da Tok&Stok e que são parte fundamental da nova equipe, bem como quem tem origem na Mobly, e mostrar que não somos pessoas que vieram de duas empresas separadas”, disse Victor Noda, presidente do Toky. “Somos um único time", complementou.
O grupo também tem em seu portfólio a marca Guldi, de travesseiros, sofás embalados a vácuo e colchões. Ela sozinha responde por 10% da receita da Mobly.
Em maio, o grupo vai para uma nova sede, na loja da Tok&Stok na Pompeia, zona oeste de São Paulo. A mudança faz parte do plano de sinergia. O que, segundo Noda, tem acontecido de maneira mais rápida do que o esperado. A divulgação dos resultados da empresa está prevista para acontecer dia 28 de março.
O anúncio da nova marca acontece em meio a um processo da família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, de querer retomar a marca. A família estaria disposta a pagar até R$ 83 milhões pelas ações da Mobly - o que é metade do valor da companhia na Bolsa. Victor Noda já disse que mais de 40% dos acionistas votarão contra a proposta caso ela se concretize.
Os investidores Régis, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, enviaram uma carta reforçando seu interesse em lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para adquirir o controle da companhia de móveis e decoração e chamando a atual administração a lançar uma assembleia para discutir a operação.
A nova comunicação acontecer após a Mobly divulgar uma posição oficial sobre a primeira proposta apresentada pelos Dubrule no dia 5 de março, considerando a oferta "inviável" e destacando um expressivo desconto sobre o valor de mercado das ações.
Na ocasião, a Mobly informou que 40,6% de seus acionistas indicaram não ter interesse em vender suas ações nas condições oferecidas. A proposta também envolvia a exclusão de uma cláusula estatutária que exige a OPA obrigatória caso um acionista atinja 20% ou mais de participação no capital da empresa.