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Há mais de 50% de probabilidade de uma recessão nos EUA em 2023, prevê Nabe

De acordo com o relatório, os participantes reduziram suas expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos

EUA: as projeções para as taxas de juros também aumentaram (Brendan Mcdermid/Reuters)

EUA: as projeções para as taxas de juros também aumentaram (Brendan Mcdermid/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 09h15.

Levantamento da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês), feito com 51 especialistas, concluiu que há mais de 50% de chance de acontecer uma recessão nos Estados Unidos em 2023, sendo que a maioria dos entrevistados (78%) prevê que essa recessão comece no primeiro semestre do próximo ano.

De acordo com o relatório, os participantes reduziram suas expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ajustado pela inflação, no quarto trimestre de 2023 ante o mesmo período do ano anterior, para 0,3%, abaixo de 1,1% na pesquisa realizada em outubro e 2,1% na de maio.

Além disso, dois terços dos participantes (67%) indicaram que o maior risco negativo para as perspectivas econômicas dos EUA até 2023 é "muito aperto monetário". Os entrevistados continuam a aumentar suas expectativas de inflação para 2022 e 2023: o índice geral de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) deve aumentar 8,1%, ano a ano, em 2022, e permanecer elevado em 2023, a uma taxa de 4,2% ao ano. Ambos os valores são maiores que os previstos no levantamento de outubro, quando era de 8,0% e 3,8%, respectivamente.

Ademais, as projeções para as taxas de juros também aumentaram: a previsão mediana para a taxa dos Fed Funds para o final de 2023 aumentou para 4,625% em comparação com 3,875% na pesquisa anterior. "A perspectiva mais moderada coincide com expectativas significativamente mais altas para as taxas de juros no final deste ano e no próximo. Os membros do painel esperam que o crescimento do trabalho diminuirá nos primeiros três trimestres de 2023, mas permanecerá positivo", destacou Dana Peterson, presidente da Nabe.

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