Invest

IBC-Br, PIB da China e tarifas de Trump sobre UE e México: o que move o mercado

Agenda doméstica tem foco nas negociações entre STF, governo e Congresso sobre o IOF

Publicado em 14 de julho de 2025 às 07h35.

Esta segunda-feira, 14, começa com os mercados em alerta após uma nova rodada de tarifas comerciais anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No sábado, o republicano formalizou uma alíquota de 30% sobre produtos importados do México e da União Europeia, o que pressionou o euro e derrubou os índices futuros das bolsas americanas nas primeiras horas da manhã.

Ao mesmo tempo, a divulgação da balança comercial da China trouxe sinal de alívio. Em junho, as exportações chinesas cresceram 5,8% ano a ano e as importações subiram 1,1%, revertendo queda de maio.

Os dados alimentam a expectativa para o conjunto de indicadores do país asiático que será publicado às 23h desta segunda-feira, com destaque para o PIB do segundo trimestre, as vendas no varejo e a produção industrial de junho.

No Brasil, o foco da segunda-feira recai sobre o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio, divulgado às 9h. Antes, às 8h25, o Banco Central divulga o Boletim Focus com as projeções atualizadas do mercado para inflação, juros, PIB e câmbio. Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento divulga a balança comercial semanal.

Do lado político, a agenda começa movimentada. O presidente Lula participa de um evento nesta segunda-feira para anunciar medidas de desburocratização e redução de custos para taxistas, com foco nos taxímetros. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também estará presente.

Além disso, o debate sobre o reajuste do IOF ganha novos capítulos. Na terça-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conduz uma audiência de conciliação com representantes do Executivo e do Legislativo. No Congresso, está prevista a instalação da comissão mista que analisará a medida provisória com alternativas à alta do imposto.

O clima político também será influenciado pelas tarifas impostas por Trump a produtos brasileiros, tema que deve ser debatido em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado ao longo da semana. Foram convidados representantes do governo e de entidades da indústria e do agronegócio.

Na Câmara, a semana será de esforço concentrado antes do recesso parlamentar, com votações em plenário e discussões em torno de temas relevantes como a reforma do Imposto de Renda e a PEC dos Precatórios dos Municípios.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos encerraram a sessão desta segunda-feira, 14, sem direção única. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,26%, enquanto o CSI 300, da China continental, ficou estável. No Japão, o Nikkei 225 recuou 0,28%, em meio a dados ainda fracos de encomendas de máquinas. Já o sul-coreano Kospi avançou 0,83%, enquanto o Kosdaq caiu 0,14%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve leve baixa de 0,11%.

Na Europa, o dia começou com viés negativo. Por volta das 7h25 (horário de Brasília), o índice Stoxx 600 recuava 0,28%, enquanto o DAX, da Alemanha, liderava as perdas com queda de 0,73%. O CAC 40, da França, caía 0,41%. Em Londres, o FTSE 100 destoava e subia 0,39%, puxado pelas ações dos setores de energia e defesa.

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam no vermelho, com o S&P 500 em queda de 0,29%, o Nasdaq 100 recuando 0,33% e o Dow Jones com baixa de 0,32%, em meio à escalada protecionista e expectativa pelos balanços dos grandes bancos, que começam a ser divulgados nesta terça-feira.

No mercado de criptoativos, o bitcoin renovou máxima histórica nesta segunda-feira, ao superar os US$ 122 mil, impulsionado pela expectativa de que o Congresso dos EUA aprove projetos pró-regulação do setor durante a chamada Crypto Week.

Já os preços do petróleo operavam em leve alta, com o Brent a US$ 70,40 e o WTI a US$ 68,54, em meio à expectativa por novas sanções dos EUA e da União Europeia contra a Rússia.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpTarifasIBC-BrUnião EuropeiaEstados Unidos (EUA)MéxicoChinaPIB

Mais de Invest

Corrida do cobre: com tarifa de 50%, Trump gera bonança de US$ 300 milhões no mercado

Blefe ou guerra comercial? Wall Street espera que Trump recue, mas tarifas já afetam os mercados

Mercados globais caem depois de Trump anunciar tarifas contra Europa e México

Mega-Sena acumula e prêmio vai para R$ 46 milhões