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IBC-Br: Prévia do PIB deve perder força em agosto, projetam economistas

IBC-Br vem de maior alta mensal desde divulgação referente ao mês de fevreiro de 2021

PIB: mercado projeta alta de 2,7% no ano (Getty Images/Getty Images)

PIB: mercado projeta alta de 2,7% no ano (Getty Images/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de outubro de 2022 às 06h20.

Última atualização em 17 de outubro de 2022 às 06h34.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto será divulgado nesta segunda-feira, 17, sob expectativa de piora em relação ao mês anterior. Na divulgação refente ao mês de julho, o dado conhecido como "prévia do PIB" saltou 1,17% em sua maior alta mensal desde fevereiro de 2021. Na comparação anual, o indicador ficou em 2,09%. O consenso de mercado para o IBC-Br de agosto é de queda de 0,50%.

Patrícia Krause, economista-chefe da Coface para a América Latina prevê uma desaceleração para 0,30% de alta em agosto. "Dados já divulgados mostraram que a produção industrial e o varejo contribuíram negativamente no mês. Mas a alta do IBC-Br deve ser puxada pelo setor de serviços", afirmou.

Números do setor de serviços divulgados na sexta-feira, 14, mostraram crescimento acima do esperado para agosto, com aceleração mensal de 0,7% e anual de 8%. O setor foi o mais afetado pela pandemia.

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Dados mais fortes que o esperado para a economia brasileira tem provocado revisões de crescimento para cima. Nas últimas quatro semanas, a projeção do mercado para o PIB de 2022 aumentou de 2,39% para 2,7%, segundo o boletim Focus. No início do ano, o consenso para o PIB de 2022 era de 0,28% de alta.

No entanto, Rodrigo Simões, economista e professor da FAC-SP, espera para um crescimento mais lento para este ano. Segundo ele, o PIB de 2022 não deve chegar em 2,5%, com a economia passando a sentir mais os efeitos do aperto monetário do Banco Central.

"A combinação de taxa de juros para conter a inflação, a atividade econômica tende a arrefecer, com desaceleração dos setores produtivos e diminuição da arrecadação de tributos do governo", disse.

O consenso de economistas para o PIB deste e dos próximos anos também deve ser revista nesta segunda, com a divulgação do novo boletim Focus.

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