Painel com cotações no ambiente da bolsa brasileira (Germano Lüders/Exame)
Redatora na Exame
Publicado em 13 de maio de 2025 às 10h35.
Última atualização em 13 de maio de 2025 às 12h23.
O Ibovespa abriu nesta terça-feira, 13, em alta. Por volta das 11h50, registrava alta de 1,55%, aos 138.679, atingindo uma nova máxima histórica. Na véspera, o índice fechou com alta de 0,04%, aos 136.563,18 pontos.
O dólar recuava ante o real, acompanhando o movimento da divisa norte-americana no exterior, à medida que os investidores avaliavam a trégua tarifária entre Estados Unidos e China e novos dados de inflação dos EUA.
Os investidores devem reagir à divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou o tom mais cauteloso adotado na última reunião. O Banco Central destacou a necessidade de manter a política monetária em patamar "significativamente contracionista por período prolongado", diante de expectativas de inflação desancoradas e resiliência da atividade econômica.
Segundo o documento, os efeitos do atual nível da Selic ainda não foram totalmente absorvidos pela economia e devem se intensificar nos próximos trimestres. A autoridade monetária também ressaltou que o cenário externo contribui para o aumento das incertezas, exigindo flexibilidade na condução da política monetária.
No exterior, o destaque é a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. A inflação americana subiu 0,2% em abril, acumulando alta de 2,3% nos últimos 12 meses, dentro das expectativas. O núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, avançou 0,2% no mês e 2,8% no ano, abaixo do esperado.
Segundo André Valério, economista sênior do Inter, “o resultado de hoje é o primeiro pós-tarifas, mas ainda sem sofrer grandes impactos, devido à defasagem do repasse e da rigidez de preços”. Ele destaca que o cenário anterior ao aumento das tarifas já era de acomodação, com forte desaceleração da inflação nos últimos três meses.
Na B3, os investidores repercutem os balanços do primeiro trimestre divulgados na véspera, com destaque para a Petrobras, que apresentou crescimento de 48,6% no lucro. Após o fechamento de hoje, são esperados os resultados de empresas como JBS, CVC, CEF, Nubank, Pagbank, Raízen, Santos Brasil e SLC Agrícola.
Ao longo do dia, falas de autoridades também devem influenciar os mercados, incluindo o discurso de Andrew Bailey, do Banco da Inglaterra, e a participação de Gabriel Galípolo, do Banco Central do Brasil, em jantar oficial com Xi Jinping, na China.
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta terça-feira. Na China, o índice CSI 300 subiu 0,15%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,87% e o índice de tecnologia caiu 3,26%. No Japão, o Nikkei avançou 1,43%, em sua quarta alta consecutiva. A bolsa da Austrália subiu 0,43%, enquanto o Kospi, na Coreia do Sul, ficou estável.
Na Europa, as bolsas operam em alta moderada por volta das 10h20 (horário de Brasília), com o Stoxx 600 subindo 0,18%. O DAX, da Alemanha, sobe 0,24%, enquanto o CAC 40, da França, avança 0,3%. O FTSE 100, de Londres, opera próximo da estabilidade.
Nos Estados Unidos, após o forte rali de segunda-feira, o Dow Jones futuro recua 0,38%, o S&P 500 sobe 0,73% e o Nasdaq sobe 1,4%.