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Ibovespa recua e volta aos 141 mil pontos, com exterior e Fiscal em pauta: dólar sobe

Exterior opera sem direção e dólar sobe, se afastando das mínimas do ano

Ibovespa: índice fechou na segunda-feira, 7, com queda de 0,41%, aos 143.608 pontos (Amanda Perobelli/Reuters)

Ibovespa: índice fechou na segunda-feira, 7, com queda de 0,41%, aos 143.608 pontos (Amanda Perobelli/Reuters)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de outubro de 2025 às 11h37.

Última atualização em 7 de outubro de 2025 às 12h13.

O Ibovespa se afasta dos patamares recordes que alcançou recentemente. Com a paralisação do governo dos Estados Unidos prestes a completar uma semana e assuntos fiscais em discussão em Brasília, os investidores olham sobretudo para o noticiário local, enquanto os índices operam sem direção definida.

Às 11h32, horário de Brasília, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caía 1,47%, aos 141.492 pontos.

Por volta desse mesmo horário, o dólar subia 0,53%, cotado a R$ 5,339.

Entrevista de Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não acreditar que a Medida Provisória 1303, de alternativa ao IOF, vai caducar. A MP perde a validade nesta quarta-feira, 8, caso não seja votada no Congresso.

"Não acredito que vai acontecer isso", afirmou Haddad durante o programa Bom dia, Ministro, da EBC Governo Federal, na manhã desta terça-feira, 7. "Ninguém é ingênuo a ponto de imaginar que uma lei encaminhada ao Congresso vai ser aprovada sem emendas", disse.

O ministro afirmou ainda que o Ministério está realizando uma análise detalhada do sistema de transporte público para avaliar a viabilidade da implementação da Tarifa Zero em todo o país. Segundo Haddad, a movimentação começou após pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Índice de preços

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta terça-feira, 7, que o Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,36% em setembro, ante 0,2% em agosto. Com este resultado, acumula queda de 1,27% no ano e alta de 2,31% nos últimos 12 meses.

“A inflação ao produtor foi impulsionada, sobretudo, pelas grandes commodities, com destaque para café, milho e carne bovina. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o reajuste decorrente do bônus de Itaipu exerceu papel relevante na alta dos preços ao consumidor. Já no setor da construção, observou-se desaceleração nos três principais componentes do custo: materiais, serviços e mão de obra", afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE, em nota.

No radar hoje

O impasse em torno da paralisação do governo americano continua sem solução, e a expectativa recai sobre os discursos de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed) no fim da manhã, além de uma nova fala da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Às 16h, sai nos EUA a leitura do crédito ao consumidor de agosto.

No Congresso, o governo tenta votar nesta terça-feira a Medida Provisória do IOF, que representa R$ 20 bilhões em arrecadação já previstos no Orçamento. O texto perde validade amanhã.

Ainda no noticiário político, segue a repercussão da conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que reacendeu expectativas de revisão tarifária e um possível acordo comercial.

No campo corporativo, investidores aguardam o anúncio da Tesla, previsto para esta terça-feira, de uma versão mais acessível do Model Y. A Dell realiza um encontro com analistas que deve trazer novos detalhes sobre a demanda por servidores de inteligência artificial.

Mercados internacionais

Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 chegou a renovar recorde em Tóquio, mas fechou praticamente estável, com alta de 0,18%, em meio à forte volatilidade das ações de tecnologia após o acordo entre AMD e OpenAI.

O índice Topix também terminou o dia sem variação relevante, com alta de 0,06%, enquanto os mercados da China, Hong Kong e Coreia do Sul permaneceram fechados devido a feriados.

Na Europa, as bolsas operavam em leve alta nesta manhã. Por volta das 11h30 (horário de Brasília), o Stoxx 600 subia 0,01%, o CAC 40 avançava 0,11% em Paris, o DAX ganhava 0,17% em Frankfurt e o FTSE 100 tinha alta marginal de 0,06% em Londres.

O cenário ainda reflete a crise política na França, após a renúncia do primeiro-ministro Sebastien Lecornu menos de um mês depois de assumir o cargo, embora ações de luxo e alguns bancos mostrem recuperação parcial.

Nos Estados Unidos, os índices operam bem próximos da estabilidade. O Dow Jones recuava 0,16%, o S&P 500 tinha baixa de 0,06% e os do Nasdaq recuava 0,02%.

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