Invest

Ibovespa cai no 'day after' da condenação de Bolsonaro, e fecha abaixo dos 143 mil pontos

O dólar fechou no menor patamar em 15 meses, a R$ 5,354

Bolsa brasileira opera sob os efeitos do resultado do julgamento no Supremo Tribunal Federal (Germano Lüders/Exame)

Bolsa brasileira opera sob os efeitos do resultado do julgamento no Supremo Tribunal Federal (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 12 de setembro de 2025 às 17h22.

Última atualização em 12 de setembro de 2025 às 17h24.

O Ibovespa fechou em baixa nesta sexta-feira, 12, dia seguinte à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dentre as ações de maior peso do índice, tanto Petrobras (PETR3,PETR4) quanto os "bancões" puxaram o benchmark para baixo.

Ao fim da sessão, o Ibovespa recuou 0,61%, para 142.271 pontos.

O dólar até começou o dia em alta, mas logo inverteu sinal e acentuou perdas ao longo da sessão. O movimento se estendeu até o final do dia, com a moeda americana fechando no menor patamar em 15 meses, cotada a R$ 5,354 (a mínima intraday foi de R$ 5,348).

Nos Estados Unidos, os índices fecharam sem direção definida. Dow Jones caiu 0,59%, enquanto S&P 500 perdeu 0,05% e Nasdaq avançou 0,44%.

Agora falta pouco para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) que deve decidir, na próxima quarta-feira, 17, por um corte de juros.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,61% aos 142.271 pontos
  • Dólar: -0,71%, a R$ 5,354

No radar hoje

A agenda do dia, de pouquíssimos indicadores, trouxe como destaque a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na manhã de hoje pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicador variou 0,3% em julho, sexto resultado positivo em sequência. No ano, o setor acumula alta de 2,6% e em 12 meses, 2,9%.

O secretário do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, prometeu resposta à pena do ex-presidente. O Itamaraty rebateu o secretário de Estado.

É dado como certo novas sanções a autoridades brasileiras, mas no âmbito econômico ainda há incertezas. A retirada de 10% da tarifa de importação da celulose e do ferro-níquel do Brasil, atendendo reivindicações de produtores americanos, aponta, por outro lado, um avanço nas negociações.

Mercados internacionais

Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 teve mais um dia de recorde de ações negociadas e avançou 0,93%, e o Topix subiu 0,40%.

Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,54% e o Kosdaq subiu 1,48%. O comportamento forte da bolsa sul-coreana se deve em parte a valorização das ações da SK Hynix, uma das maiores empresas de semicondutores do mundo.

O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,16% — de novo, impulsionado pela Alibaba e Baidu com seus avanços nos projetos em inteligência artificial. O CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, caiu 0,57%.

Na Índia, o Nifty 50 avançou 0,43% e o Sensex ganhou 0,44%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,68%.

Na Europa, as principais bolsas fecharam de lado. O europeu Stoxx 600 teve uma ligeira queda de 0,09%, enquanto o alemão DAX fechou no zero a zero. O britânico FTSE 100 caiu 0,18% e o francês CAC 40 subiu 0,02%.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespaFed – Federal Reserve SystemSupremo Tribunal Federal (STF)Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Tarifas

Mais de Invest

Dólar fecha no menor valor em 15 meses com corte de juros no radar

'Apagão' da IA pode gerar perdas bilionárias para investidores e afetar PIB dos EUA

Acabou o dinheiro? Brasil tem 8 milhões de empresas negativadas, diz Serasa

IA não é só fio condutor de crescimento das empresas. É o tecido inteiro, diz analista do Citi