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Ibovespa fecha em alta com Petrobras e possível remédio contra coronavírus

Pressionado por temores sobre impactos do coronavírus, Índice chegou a registrar baixa de mais de 7% pela manhã

Bolsa: Ibovespa fecha em alta de 2,15% e encerra pregão em 68.331,80 pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa fecha em alta de 2,15% e encerra pregão em 68.331,80 pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2020 às 10h20.

Última atualização em 19 de março de 2020 às 18h35.

São Paulo –  O Ibovespa subiu 2,15% e encerrou o pregão desta quinta-feira (19) em 68,331,80 pontos. A alta foi puxada, principalmente, pelas ações da Petrobras que dispararam mais de 11%, impulsionadas pela forte valorização do barril de petróleo, que ultrapassou 20%.  Pela manhã, temores sobre os impactos do coronavírus Covid-2019 na economia fizeram o índice registrar baixa de mais de 7%.

Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora vê a alta do preço do petróleo atrelada aos rumores sobre um acordo entre Rússia e Opep e o início das compras de barris de petróleo pelos EUA como prometido por Trump.

Uma série de notícias otimistas também contribuíram para o maior otimismo na sessão, como a descoberta de um potencial remédio contra o coronavírus e a ajuda de até 60 bilhões de dólares oferecida pelo Federal Reserve (FED) ao banco central do Brasil e de outros oito países. 

Na Europa, o pacote de 750 bilhões de euros anunciado pelo pelo Banco Central Europeu contribuiu para que as bolsas do velho continente fechassem em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em alta de 2,91%. Mas apesar estímulos dos bancos centrais do mundo todo, a preocupação sobre a possibilidade de uma recessão global ainda mina o otimismo dos investidores.

Segundo Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos a alta volatilidade não deve acabar tão cedo. "Vários bancos já revisaram suas projeções para PIB global, indicando retração na atividade para 2020 e aqui no Brasil começam as adoções das ações emergenciais como fechamento de lojas e shoppings", comentou em nota.

"Preocupa quando a gente vê até ativos como o ouro caindo. Está todo mundo nesse mesmo contexto. Enquanto tudo estiver fechado [devido ao coronavírus], o desespero social vai prevalecer", disse. Embora considerado porto-seguro em tempos de crise, o ouro futuro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York acumula desvalorização de 5,85% em março.

Dependendo dos impactos econômicos do coronavírus, Adriano Candreva, sócio da Portofino Investimentos, não descarta quedas ainda mais acentuadas no longo prazo. "Se tiver muitas demissões e empresas quebrando, obviamente, o impacto vai ser mais forte. Ninguém sabe exatamente a extensão disso."

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