B3: bolsa de valores lança Índice Tesouro Selic e reforça seu portfólio de indicadores de renda fixa (Germano Lüders/Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 10h30.
Última atualização em 16 de outubro de 2025 às 10h37.
A B3, bolsa de valores do Brasil, lançou nesta quinta-feira, 15, o Índice Tesouro Selic, o primeiro a acompanhar desempenhos de títulos públicos pós-fixados à taxa Selic. O objetivo é fornecer uma referência sobre o desempenho das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), emitidas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O indicador expande o portfólio de mais de 60 índices da bolsa, destacando a importância crescente dos produtos de renda fixa para o mercado, segundo Hênio Scheidt, gerente de Produtos na B3. O Índice Tesouro Selic (TSLC) é o 11º indicador lançado pela B3 neste ano.
“A criação do Índice Tesouro Selic B3 reflete o compromisso da bolsa do Brasil em oferecer produtos que atendam às necessidades específicas do mercado financeiro brasileiro. Com esse indicador, os investidores terão uma ferramenta robusta para análise e monitoramento da dinâmica dos títulos públicos”, afirma Scheidt.
A metodologia do Índice Tesouro Selic B3 foi estruturada para incluir apenas os títulos mais líquidos e representativos do mercado. A composição do índice considera tanto o valor de mercado quanto o volume médio diário de negociação das LFTs. Já o rebalanceamento da carteira ocorre a cada três meses, no quinto dia útil de janeiro, abril, julho e outubro.
Essas características possibilitam a inclusão de títulos com menor spread (diferença entre os preços de compra e venda de um ativo) sobre o preço de negociação e um menor turnover (frequência com que os componentes de um índice são comprados e vendidos em um determinado período) nas carteiras nos rebalanceamentos.
Isso resulta em uma replicação mais eficiente para os gestores, com custos menores, oferecendo ao investidor final um produto mais eficaz, afirma a B3.
Para serem elegíveis, as LFTs devem atender a alguns requisitos:
A ponderação dos títulos na carteira é feita de forma mista, combinando 50% pelo valor de mercado e 50% pela liquidez do ativo.