Ibovespa: na terça-feira, 25, o índice fechou com alta de 0,57%, aos 132.068 pontos (B3/Divulgação)
Redatora na Exame
Publicado em 28 de março de 2025 às 10h28.
Última atualização em 28 de março de 2025 às 17h34.
O mercado brasileiro fechou em queda nesta sexta-feira, 28. Depois de cair 1,37% após os dados de inflação nos EUA, o índice ensaia alguma recuperação, reduzindo o recuo para 0,94%, aos 131.902,18 pontos. O Ibovespa acumulou queda
de 0,33% na semana.
O dólar à vista fechou em alta de 0,15%, a R$ 5,7618, após oscilar entre R$ 5,7470 e R$ 5,7820. Na semana, a moeda subiu 0,77%.
Nesta manhã, saiu o Índice de Preços para Despesas de Consumo Pessoal (PCE), principal métrica de inflação acompanhada pelo Banco Central americano.
Em fevereiro, o núcleo do PCE, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, subiu 0,4%, e a inflação acumulada em 12 meses ficou em 2,8%. Já o índice geral teve uma alta de 0,3% no mês e 2,5% em relação ao ano passado. A cautela também se mantém diante das expectativas em relação às tarifas recíprocas de Donald Trump, que devem ser apresentadas na próxima semana.
Dan Siluk, diretor global de curta duração e liquidez da Janus Henderson, afirmou que os dados mais recentes do PCE (Índice de Preços de Consumo Pessoal) apresentaram resultados mistos. Enquanto os números gerais ficaram em linha com as expectativas, os dados do núcleo mostraram um aumento leve, mas significativo, ficando um décimo acima do previsto tanto na comparação mensal quanto anual.
"Essa tendência de que as surpresas continuam é destacada pelo fato de este ser o segundo maior índice do núcleo do PCE nos últimos 24 meses, evidenciando pressões inflacionárias persistentes", afirmou Siluk. Para ele, a resiliência da inflação no núcleo, que segue consistentemente acima da meta do Federal Reserve (Fed), sugere que as expectativas para uma mudança na política monetária podem precisar ser recalibradas. Isso pode impactar o momento dos ajustes nas taxas de juros.
"Enquanto o mercado assimila esses números, todas as atenções se voltam para o próximo 'Tariff Day', em 2 de abril, que representa o próximo grande risco de evento para os investidores", acrescentou. Ele observa que, apesar das expectativas de que esse evento traga mais clareza, o cenário pode acabar levantando mais perguntas do que respostas, ampliando a incerteza em um ambiente econômico já complexo.
Nesta manhã, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,34% em março, um recuo expressivo em relação a fevereiro, quando subiu 1,06%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 0,99% no ano e 8,58% nos últimos 12 meses.
O IBGE também publicou que o desemprego no Brasil ficou em 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Embora esse seja o menor índice para o período desde o início da Pnad Contínua, a taxa marca a terceira alta consecutiva em relação aos três meses anteriores.
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta sexta-feira que 431.995 vagas com carteira assinada foram geradas em fevereiro, o número é o melhor da série histórica, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês, registraram-se 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos, resultando em um saldo positivo.
Os investidores seguem cautelosos após a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre veículos importados.
Os índices de ações dos Estados Unidos fecharam em queda: : Dow caiu 1,69% a 41.583,59 pontos, S&P 500 recuou 1,97% a 5.580,03 pontos e o Nasdaq perdeu 2,70% a 17.322,99
Esses números contrastam com o movimento inicial de baixa moderada. Ao abrir, o Dow Jones estava com uma queda de apenas -0,14%, o S&P 500 caiu -0,14% e o Nasdaq registrava perdas de -0,36%.