Redação Exame
Publicado em 4 de junho de 2025 às 10h18.
Última atualização em 4 de junho de 2025 às 17h24.
O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, 4. O índice caiu 0,40% aos 137.001 pontos, com investidores de olho na notícia de que o governo federal estuda medidas alternativas ao aumento do IOF.
O índice fechou em alta na terça-feira, 3, com avanço de 0,56%, aos 137.546 pontos.
Na agenda de hoje, o mercado repercutiu a escalada protecionista dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump assinou, após o fechamento dos mercados na terça-feira, um decreto que dobra as tarifas sobre as importações de aço e alumínio, de 25% para 50%, a partir de hoje.
O mercado também avaliou a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve. Segundo os membros do Fed, a "atividade econômica diminuiu ligeiramente desde o relatório anterior", entretanto, as "tarifas causaram aumentos moderados de preços [...] com custos estão sendo repassados aos consumidores".
Durante a manhã, a agenda americana trouxe indicadores importantes, como os PMIs de serviços da S&P Global e do ISM, além dos estoques semanais de petróleo do Departamento de Energia.
Segundo a S&P 500, o PMI de serviços dos EUA subiu para 53,7 em maio de 50,8, indicando expansão. Já o PMI composto subiu para 53, de 50,6 em abril, ante previsão de 52,1.
Já de acordo com o ISM, o PMI de serviços de maio caiu a 49,9, de 51,6 - o consenso era de 52, o que indica uma retração do setor.
Os estoques de petróleo caíram 4,30 milhões de barris na semana passada, a previsão era um recuo de 900 mil. Os estoques de gasolina aumentaram em 5.219 milhões de barris, ante a previsão de +1,5 milhão. Já os estoques de destilados avançaram em 182 mil barris.
Os números impactam a cotação do petróleo, com o tipo WTI recuando 1,14%, às 13h50, e a referência Brent caindo 1,34%. Na esteira da queda da commodity, Petrobras (PETR4) desvaloriza quase 2% no horário acima.
No Brasil, o dia é mais esvaziado em dados econômicos, mas o mercado está mais tranquilo após o governo chegar a um acordo com o Congresso para resolver o impasse em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No campo político, a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta manhã aponta a maior desaprovação ao governo Lula desde o início do terceiro mandato: 57% dos entrevistados reprovam a gestão petista, ante 56% em março.
Entre os eventos do dia, destaque para o lançamento do Pix Automático.
Pela manhã, o BC realizou dois leilões de linha, onde vendeu US$ 400 milhões. O fluxo cambial semanal sai às 14h30. Na Ásia, o PMI composto da China será divulgado às 22h45.
Os mercados da Ásia avançaram na quarta-feira, impulsionados pela alta das ações de tecnologia em Wall Street, com destaque para a fabricante de chips Nvidia, que subiu quase 3%. Na Coreia do Sul, as ações reagiram positivamente à vitória do líder da oposição, Lee Jae-myung, nas eleições presidenciais, com o índice Kospi atingindo o maior nível desde agosto do ano passado.
O índice CSI 300 da China subiu 0,43%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,6%. No Japão, o índice Nikkei 225 encerrou o dia com alta de 0,8%, e a Austrália também registrou ganhos, com o S&P/ASX 200 subindo 0,89%, apesar do crescimento econômico do primeiro trimestre ter ficado abaixo das expectativas.
Na Europa, as bolsas fecharam com viés positivo, apesar da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre o aço. O Stoxx 600 subiu 0,47%, com o Dax da Alemanha avançando 0,71% e o francês CAC 40 ganhando 0,53%. O FTSE 100, do Reino Unido, registrava alta mais moderada, de 0,16%.
Nos Estados Unidos, os principais índices terminaram o dia com desempenho misto. O Dow Jones caiu, 0,22%, o Nasdaq avançou 0,32% e o S&P 500 ficou estável.