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Ibovespa opera com alta com tarifas no radar; dólar recua

Na sexta-feira, após problemas técnicos no início do pregão, o índice fechou em queda de 0,48%, aos 132.437 pontos

Bolsa: No mercado cambial, o dólar opera com queda de 0,49%, cotado a R$ 5,5148


Germano Lüders
20/10/2016 (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: No mercado cambial, o dólar opera com queda de 0,49%, cotado a R$ 5,5148 Germano Lüders 20/10/2016 (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de agosto de 2025 às 11h30.

Última atualização em 4 de agosto de 2025 às 11h55.

O Ibovespa opera nesta segunda-feira, 4, em alta. Por volta das 11h30, o índice subia 0,53%, aos 133.134 pontos.

Na sexta-feira, 1º, o índice fechou em queda de 0,48%, aos 132.437 pontos, após os investidores observarem o índice fora do ar pela manhã devido a problemas técnicos.

O mercado acompanha com preocupação os efeitos das tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros que entram em vigor na próxima quarta-feira, 6 de agosto.

A medida prevê algumas exceções para setores estratégicos, como aviação, energia e fertilizantes. Mercadorias que já estiverem em trânsito antes do dia 6 e forem desembaraçadas até 5 de outubro estarão isentas da nova cobrança.

No mercado cambial, o dólar opera com queda de 0,78%, cotado a R$ 5,501.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,53%, aos 133.134 pontos
  • Dólar: -0,78%, a R$ 5,501

Boletim Focus

Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 pela décima semana consecutiva, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 4. 

A expectativa da inflação neste ano caiu de 5,09% para 5,07%. O indicador permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida pela autoridade monetária.

Pela terceira semana, os analistas também reduziram as projeções do IPCA para 2026. A queda foi de 4,44% para 4,43%.

Na semana passada, o Copom manteve a taxa de juros em 15% ao ano e sinalizou que o tarifaço pode reduzir inflação.

No radar hoje

Nesta segunda-feira, 4, os mercados operam sob expectativa moderada, com investidores de olho nos dados de emprego no Brasil, nos desdobramentos das tensões comerciais com os Estados Unidos e na possibilidade de cortes de juros, tanto no país quanto no exterior.

No Brasil, o principal destaque do dia é a divulgação do Caged de junho, às 14h30, que pode oferecer novos sinais sobre a resiliência do mercado de trabalho após a queda inesperada na taxa de desemprego registrada na semana passada. O dado antecede a publicação da ata do Copom, nesta terça-feira, e pode reforçar a percepção de cautela da autoridade monetária sobre novos cortes na taxa Selic.

No campo político, investidores acompanham possíveis articulações diplomáticas antes da entrada em vigor, na quarta-feira, 6, do tarifaço de 50% imposto pelos EUA contra o Brasil.

Uma eventual conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva está no radar, e pode influenciar o mercado cambial.

Lula cumpre hoje uma série de despachos no Palácio do Planalto, com destaque para a sanção de um projeto de lei sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) às 15h.

Nos EUA, a agenda de indicadores é mais leve, mas os mercados ainda digerem o payroll de julho, que veio abaixo do esperado e impulsionou as apostas de corte de juros em setembro. Às 11h (de Brasília), será divulgado o volume de encomendas à indústria americana em junho. A expectativa é de retração após uma alta de 8,2% no mês anterior.

Ainda no exterior, o Banco do Japão publica hoje, às 20h50, a ata de sua última reunião de política monetária, e os índices PMI de serviços e composto do Japão e da China serão conhecidos ao longo da noite, com potencial impacto sobre as commodities.

Entre os balanços previstos para hoje no Brasil, o destaque é o do BB Seguridade, que será divulgado após o fechamento, além do gigante de e-commerce Mercado Livre.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam mistas nesta segunda-feira, com o índice Nikkei, do Japão, em queda de mais de 2%, pressionado pela valorização do iene frente ao dólar após o relatório de empregos mais fraco nos EUA. Já os índices chineses ficaram estáveis, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,7%.

Na Europa, os principais mercados operavam em alta por volta das 11h30, refletindo o alívio nas taxas de juro futuras dos EUA e a expectativa por decisões de política monetária ao longo da semana. O índice DAX, da Alemanha, avançava 1,30%, o CAC 40, da França, subia 0,97% e o europeu Stoxx 600 ganhava 0,78%. No Reino Unido, o FTSE 100 registrava alta de 0,41%.

Os principais índices das bolsas americanas também mantinham desempenho positivo no mesmo horário, recuperando parte das perdas da sexta-feira. O Dow Jones subia 0,94%, o S&P 500 avançava 1,16% e o Nasdaq 100 tinha alta de 1,64%.

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