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Ibovespa fecha em queda com o mercado aguardando indicadores de inflação

Investidores também acompanham julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. No mercado cambial, o dólar avançou 0,35%, cotado a R$ 5,436

Ibovespa: mercado repercute derrota de partido de Milei nas eleições de Buenos Aires, na Argentina (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado repercute derrota de partido de Milei nas eleições de Buenos Aires, na Argentina (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 17h30.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 18h01.

Nesta terça, 9, o Ibovespa fechou em queda de 0,12% aos 141.618 pontos, com investidores aguardando a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil, na quarta-feira, 9, assim como o Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos. Na quinta-feira, 11, será conhecido o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA.

Tanto o CPI quanto o PPI, a depender, podem fortalecer as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). Segundo a plataforma FedWatch, do CME Group, as apostas do mercado apontam para 92% de chance de haver um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), enquanto 8% apontam um corte mais agressivo, de 0,50 p.p.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,12%, aos 141.618 pontos
  • Dólar: +0,35%, a R$ 5,436

No radar hoje

No Brasil, a retomada nesta terça-feira do julgamento na primeira turma do STF teve a leitura do voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que votou pela condenação do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado em 2022.

A posição de Alexandre de Moraes sobre o caso é crucial para definir o futuro do julgamento, previsto para terminar até sexta-feira, 12. É que a partir dele os outros quatro ministros da primeira turma estabelecem divergências e convergências para conduzirem seus respectivos votos. O ministro Flávio Dino foi o segundo a votar e acompanhou o relator para condenar Bolsonaro e mais sete por golpe de Estado.

Além disso, o voto de Moraes pode desencadear novas ações comerciais dos Estados Unidos contra o Brasil. Mais retaliações e sanções do governo Trump estão previstas para o país com a provável condenação de Bolsonaro.

Crise política na França

A crise política na França também se ampliou. Após a perda do voto de confiança do Parlamento e consequente queda do primeiro-ministro, François Bayrou, o presidente francês, Emmanuel Macron, terá de indicar o quinto premiê em menos de dois anos.

O governo da França tenta aprovar no Parlamento um plano de controle da dívida pública, sem sucesso. Em termos absolutos, o endividamento da França é o maior da União Europeia e preocupa o mercado.

Repercussão da Argentina

O mercado se assustou com o forte movimento na Argentina, após a dura derrota do presidente Javier Milei na província de Buenos Aires, a maior e mais importante do país, que conta com quase 40% dos eleitores.

O dia seguinte no mercado argentino depois da derrota eleitoral de Milei foi de forte movimentação. O dólar fechou em alta, com avanço de mais de 4% frente ao peso. O índice Merval teve forte queda de 13,25%. Com isso, o Morgan Stanley retirou a recomendação de compra de ativos argentinos. Nesta terça-feira, 9, o índice fechou em leve queda de 0,26%.

A política econômica de Milei havia se tornado referência, inclusive para alguns analistas e operadores no Brasil, mas agora a previsão é de que até 26 de outubro, quando acontecem as eleições parlamentares de metade da Câmara e um terço do Senado, a instabilidade deva marcar os dias na Argentina. O presidente argentino, no entanto, reforçou que continuará com a sua estratégia econômica no país.

Mercados internacionais

Na Ásia, os mercados tiveram desempenho mistos. O índice japonês Nikkei 225 recuou 0,41%, e o Topix caiu 0,51%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,26% e o Kosdaq subiu 0,76%.

O Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,07%. O CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, teve baixa de 0,70%.

Na Índia, o Nifty 50 subiu 0,39% e o Sensex também teve alta de 0,39%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,52%.

Na Europa, as bolsas fecharam majoritariamente em alta. O europeu Stoxx 600 subiu 0,45%, enquanto o alemão DAX caiu 0,49%, o britânico FTSE 100 avançou 0,20%, e o francês CAC 40 teve alta de 0,19%.

Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em alta. O Dow Jones subiu 0,43%, enquanto o S&P 500 avançou 0,27% e o Nasdaq 100 valorizou 0,37%. Os três índices renovaram recorde no fechamento.

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