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Ibovespa fecha em forte alta com dados do IPCA de julho e CPI dos EUA

No mercado cambial, o dólar americano fechou em queda de 1,06%, cotado a R$ 5,382

Ibovespa: índice fechou em leve alta de 0,17% na quarta-feira, aos 134.666 pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: índice fechou em leve alta de 0,17% na quarta-feira, aos 134.666 pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 15h45.

Última atualização em 12 de agosto de 2025 às 17h41.

O Ibovespa fechou em forte alta nesta terça-feira, 11, com avanço de 1,69%, aos 137.913 pontos. Os investidores ficaram otimistas após a divulgação de que a inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 0,26% em julho, abaixo da estimativa de 0,37% do mercado.

Nos Estados Unidos, os índices fecharam o dia no terreno positivo. O Dow Jones avançou 1,10%, S&P 500 ganhou 1,13% e Nasdaq 100 subiu 1,39%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +1,69%, aos 137.913 pontos
  • Dólar: -1,06%, a R$ 5,385

Inflação nos EUA e Brasil

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, divulgado nesta terça-feira, 12, subiu 2,7% em julho na comparação anual, abaixo da expectativa de 2,8% e repetindo o ritmo de junho. Na variação mensal, a alta foi de 0,2%, em linha com as projeções.

O núcleo do CPI avançou 3,1% em 12 meses, acima da previsão de 3,0%, com aceleração frente aos 2,9% de junho. Após os dados, as apostas de que o Federal Reserve cortará os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de setembro passaram de 86% para mais de 90%, segundo o CME FedWatch.

No Brasil, a inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 0,26% em julho, abaixo da estimativa de 0,37% do mercado. No acumulado em 12 meses, o índice recuou para 5,23%, de 5,53% no período anterior.

O resultado foi influenciado principalmente pela energia elétrica residencial, que respondeu por 0,12 ponto percentual do mês. Alimentos voltaram a cair (-0,27%), com destaque para batata-inglesa e cebola. Sem energia elétrica, o IPCA teria sido de 0,15% no mês, segundo o IBGE.

Petróleo

No mercado de petróleo, a Opep manteve a previsão de crescimento da demanda global em 1,3 milhão de barris por dia (bpd) em 2025, para um total de 105,14 milhões de bpd. Para 2026, a estimativa foi elevada em 100 mil bpd, para 1,4 milhão de bpd.

Fora da Opep+, a oferta deve crescer 800 mil bpd em 2025, com destaque para EUA, Brasil, Canadá e Argentina, e 600 mil bpd em 2026. A produção da Opep+ subiu 335 mil bpd em julho ante junho, para 41,94 milhões de bpd.

No radar hoje

No cenário corporativo, a temporada de balanços entra na reta final. O BTG Pactual divulgou fortes resultados antes da abertura da B3, enquanto Americanas, CVC, Light e MRV apresentam seus números após o fechamento. Ontem a noite foi a vez de Sabesp reportar seu balanço.

A Sabesp liderou as altas do Ibovespa após seus resultados do segundo trimestre de 2025 superarem as expectativas de analistas. As ações da companhia subiram 10,61%, cotadas a R$122,74.

O lucro líquido da Sabesp no período foi de R$ 2,13 bilhões, superando em 70% o consenso Bloomberg. O Ebitda ajustado veio em R$ 3,39 bilhões, alta de 18% na comparação anual e 10% acima das estimativas.

Já com o BTG (do mesmo grupo de controle da EXAME), o mercado esperava que fosse um dos destaques entre os bancos na temporada de balanços do segundo trimestre. Mas os resultados que foram divulgados bateram de longe as expectativas. As ações avançaram 13,12%, cotadas a R$45,27.

Com uma aceleração relevante no crescimento da receita, o banco encerrou o período com lucro recorde de R$ 4,18 bilhões, alta de 42% em relação ao mesmo período de 2024. O consenso das estimativas medidas pela Bloomberg apontava para R$ 3,64 bilhões.

Na política brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou da comissão mista responsável por analisar a medida provisória (MP) que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Senado.

Às 18h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista à BandNews.

No setor de energia, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Petrobras realizaram uma reunião preparatória sobre a exploração na Foz do Amazonas.

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia encerraram a terça-feira, 12, majoritariamente em alta, impulsionadas pela prorrogação da trégua tarifária entre Estados Unidos e China.

O Nikkei 225, do Japão, subiu 2,15%, renovando recorde histórico, enquanto o S&P/ASX 200, da Austrália, avançou 0,41% após o banco central cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para 3,6% ao ano.

Na China, o Shanghai Composite ganhou 0,50% e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,25%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, recuou 0,53%.

Na Europa, as bolsas encerraram mistas: o DAX, de Frankfurt, caiu 0,17%, o CAC 40, de Paris, avançou 0,71%, o Stoxx 600 subiu 0,23% e o FTSE 100, de Londres, valorizou 0,19%.

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