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Ibovespa opera em queda após disparar na véspera de olho em inflação mais baixa

No mercado cambial, o dólar opera em alta de 0,12%, cotado a R$ 5,392

Ibovespa: na terça-feira, o índice fechou com alta de 1,69%, aos 137.913 pontos (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: na terça-feira, o índice fechou com alta de 1,69%, aos 137.913 pontos (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 11h45.

Última atualização em 13 de agosto de 2025 às 12h27.

O mercado brasileiro opera em queda nesta quarta-feira, 13. Por volta das 11h40, o principal índice da B3, o Ibovespa, operava com desvalorização de 0,54%, aos 137.176 pontos.

Na véspera, o índice fechou com avanço de 1,69%, aos 137.913 pontos. Os investidores ficaram otimistas após a divulgação de que a inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 0,26% em julho, abaixo da estimativa de 0,37% do mercado.

No mercado cambial, o dólar opera em alta de 0,12%, cotado a R$ 5,392. Ontem, a divisa americana chegou ao menor patamar em 14 meses, fechando em R$ 5,385.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,54%, aos 137.176 pontos
  • Dólar: +0,12%, a R$ 5,392

Varejistas caem em bloco

A queda da bolsa é puxada, principalmente, pelas varejistas que dominam as cinco maiores quedas do índice, após dados fracos do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

Na manhã de hoje, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, mostrou que as vendas no varejo recuaram 0,1% em junho na comparação com o mês anterior e subiram 0,3% sobre um ano antes, bastante abaixo das expectativas.

Pesquisa da Reuters apontava para projeções de alta de 0,70% na comparação mensal e avanço de 2,40% sobre um ano antes.

Por volta das 12h, CVC (CVCB3) é a maior queda do Ibovespa, com recuo de 12,07%, após apresentar também um balanço com resultados abaixo das expectativas, especialmente com a pressão dos resultados financeiros.

Em seguida, vem Lojas Renner (LREN3, -5,14%), PCAR3 (-4,95%), AZZA3 (-4,86%) e VIVA3 (-4,28%). O ICON, índice de consumo, que reúne as principais empresas do setor na bolsa, caía 1,45%.

No radar hoje

Os investidores estão com as atenções voltadas para o anúncio do plano de contingência do governo brasileiro para socorrer empresas afetadas pelo aumento de tarifas anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump, segundo confirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que seja divulgado um pacote de crédito de cerca de R$ 30 bilhões.

No cenário internacional, dirigentes do Federal Reserve voltam a falar hoje e podem consolidar as apostas quase unânimes de corte de juros na reunião de setembro. A agenda inclui o discurso de Austan Goolsbee (Fed de Chicago), às 14h, e de Raphael Bostic (Fed de Atlanta), às 14h30.

Ainda nos EUA, saíram os dados de estoques de petróleo da semana até 1º de agosto. Segundo o Departamento de Energia (DoE), os estoques de petróleo bruto nos EUA aumentaram em 3,04 milhões de barris na semana passada, ante o consenso de -800 mil. Estoques de gasolina diminuíram em 792 mil (consenso -1 milhão). Destilados aumentaram para 714 mil barris (consenso 350 mil).

No noticiário corporativo, a temporada de balanços na B3 entra na reta final. Após o fechamento, divulgam números Allos, Casas Bahia, Eneva, Equatorial, Hapvida, JBS, PagBank, Positivo, Raízen, SLC Agrícola, Taesa e Ultrapar.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas encerraram majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 13, seguindo o otimismo de Wall Street coma as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. O japonês Nikkei 225 avançou 1,3%, para o recorde de 43.274,67 pontos, e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,58%, puxado por ações de tecnologia.

Na Europa, os principais índices mantinham o viés positivo por volta das 11h40 (horário de Brasília). O alemão DAX subia 0,77%, o francês CAC 40 avançava 0,76% e o europeu Stoxx 600 registrava alta de 0,51%, enquanto o britânico FTSE 100 tinha valorização de 0,13%.

Nos Estados Unidos, os índices também indicavam continuidade das altas, com o Dow Jones subindo de 0,63%, o S&P 500 avançando 0,23% e o Nasdaq 100 subindo 0,24%.

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