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Ibovespa fecha em alta com inflação americana no radar; frigoríficos lideram ganhos

Números divulgados na véspera foram ofuscados pelas fortes quedas da Petrobras; estatal voltou a cair nesta quinta

B3: Ibovespa sobe 0,20% e fecha em 128.294 pontos (Paulo Whitaker/Reuters Internet)

B3: Ibovespa sobe 0,20% e fecha em 128.294 pontos (Paulo Whitaker/Reuters Internet)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 16 de maio de 2024 às 10h33.

Última atualização em 16 de maio de 2024 às 17h29.

O Ibovespa fechou em alta de 0,20% nesta quinta-feira, 16, em 128.294 pontos. O movimento foi suportado pelo ambiente externo, com dados mais fracos da inflação americana gerando algum otimismo sobre o início do ciclo de queda de juros nos Estados Unidos. Os números foram divulgados na véspera, mas foram ofuscados no último pregão pela queda de mais de 6% das ações da Petrobras. O Dow Jones, um dos índices mais tradicionais de Nova York, bateu 4.000 pontos pela primeira vez nesta quinta, mas recuou da máxima da sessão e fechou em leve queda. As ações da Petrobras caíram mais 1,82% (PETR3) e 2,84% (PETR4).

A forte desvalorização da Petrobras, iniciada após a empresa ter desapontado o mercado em balanço do primeiro trimestre, foi amplificada pela a notícia da saída de Jean Paul Prates da presidência.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,20% aos 128.294 pontos

Entretanto, mesmo com a surpresa da saída de Prates e o anúncio de Magda Chambriard, ex-diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff, para assumir a chefia da estatal, o Ibovespa encerrou a sessão anterior com uma perda leve, atenuada pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). O indicador avançou 0,3% em abril, desacelerando após uma alta de 0,4% em março. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada foi de 3,4%.

O número veio abaixo do esperado, uma vez que o consenso LSEG projetava 0,4% na leitura mensal, e em linha com a base anual, em que a projeção era de 3,4%. Com a inflação mais comportada por lá, o mercado ganha um sopro de esperança para acreditar que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pode começar a cortar os juros em um futuro próximo.

"Acredito que todo mundo está meio em stand-by para ver como é que vai ser a companhia daqui para frente, sobretudo quanto à política de preços, ao pagamento de dividendos e ao plano estratégico, em especial quanto ao tamanho dos investimentos que vão ser feitos", afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Frigoríficos lideram ganhos

A sessão desta quinta ainda foi marcada pela forte valorização dos frigoríficos. com investidores reagindo positivamente aos balanços de Minerva e Marfrig, que registraram respectivas altas de 9,38% e 4,44%, A JBS, que liderou os ganhos do índice no pregão passado, subiu mais 4,63% nesta quinta.

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