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Ibovespa inverte sinal e renova máxima histórica; dólar cai 0,51%

Na sexta-feira, 16, o índice fechou em queda de 0,11%, aos 139.187 pontos; na semana passada, acumulou alta de 1,96%

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 19 de maio de 2025 às 10h29.

Última atualização em 19 de maio de 2025 às 13h20.

Após bater recordes em termos nominais na semana passada, o Ibovespa, começou a semana em baixa, mas virou para a alta. Por volta das 13h20 (horário de Brasília), registrava alta de 0,59%, aos 140.005 pontos.

Já o dólar virou para o campo negativo, caindo 0,51%, cotado a R$ 5,639, se aproximando ao exterior.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, falou em evento do Goldman Sachs. Ele defendeu juros altos por mais tempo diante do cenário de incerteza e afirmou que o Banco Central deve ter flexibilidade e não se ater a um dado específico. Na avaliação do mercado, a fala leva a crer que as taxas ficarão onde estão na reunião de junho.

Na sexta-feira, 16, o índice fechou em queda de 0,11%, aos 139.187 pontos. Na semana, acumulou alta de 1,96%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,59%, a 140.005 pontos
  • Dólar hoje: R$ 5,639, queda de 0,51%

No radar hoje

Esta segunda-feira começa com os mercados globais digerindo a decisão da agência Moody’s de cortar a nota máxima de crédito dos Estados Unidos.

Os investidores também repercutem a notícia de que a produção industrial da China em abril desacelerou na comparação com março, mas surpreendeu positivamente ao ficar acima das expectativas, mesmo com o ambiente de tensões comerciais.

No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, mostrou alta de 0,8% em março frente a fevereiro, superando as expectativas do mercado.

Ainda no cenário doméstico, o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira indica uma nova redução da projeção do IPCA para 2025, que caiu de 5,51% para 5,50%, mantendo-se acima do teto da meta. Por outro lado, a estimativa para o crescimento do PIB foi revista para cima, de 2% para 2,02%, enquanto a expectativa para o câmbio recuou de R$ 5,85 para R$ 5,82.

À tarde, os investidores aguardam a divulgação das novas projeções macroeconômicas da Fazenda, às 14h, e o balanço comercial semanal, às 15h.

No radar do Ibovespa também estão as preocupações com novos casos de gripe aviária no país, que podem impactar setores ligados ao agronegócio e influenciar o desempenho do mercado acionário.

Mercados internacionais

As bolsas globais operam em queda. O rebaixamento da Moody's afetou os mercados de futuros em Wall Street, com os contratos do Dow Jones recuando 0,56%, os do S&P 500 caindo 1% e os do Nasdaq 100 em baixa de 1,4% pouco antes da abertura do pregão.

Na Ásia, os principais índices encerraram o pregão em baixa, diante de sinais mistos vindos da China. A produção industrial cresceu 6,1% em abril ante o ano anterior, superando as expectativas do mercado. Já as vendas no varejo avançaram 5,1%, abaixo da projeção de 5,5%, indicando que o consumo interno continua frágil.

O índice chinês CSI 300 recuou 0,48%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,05%. No Japão, o Nikkei 225 teve queda de 0,68%, e o sul-coreano Kospi recuou 0,89%. O S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 0,58%.

Na Europa, os mercados operam em baixa, atentos ao cenário político. Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o Stoxx 600 registrava queda de 0,67%, o FTSE 100 caía 0,6%; o CAC 40 tinha baixa de 0,7% e o DAX, da Alemanha, operava próximo da estabilidade.

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