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Ibovespa reverte alta da véspera e cai mais de 2% puxado por bancos

Na véspera, o índice fechou em alta de 0,72%, aos 137.321 pontos, impulsionados pelos bancos

Ibovespa: apenas 3 ativos operam no azul (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: apenas 3 ativos operam no azul (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 15h29.

Última atualização em 19 de agosto de 2025 às 17h26.

O Ibovespa encerrou o dia em forte queda de nesta terça-feira, 19, com desvalorização de 2,10%, aos 134.432 pontos. Da mesma fora que, na véspera, o índice fechou em alta de 0,72%, aos 137.321 pontos, impulsionados pelos bancos, hoje ele cai puxado pelas financeiras, explica João Soares, sócio-fundador da Rio Negro Investimentos.

O Banco do Brasil (BBAS3) recuou 5,79%, o Itaú (ITUB4) caiu 3,05%, o Bradesco (BBDC4) cedeu 3,43%, o BTG Pactual (BPCA3) desvalorizou 5,13% e a Itaúsa (ITSA4) 3,31%.

"O setor é fortemente impactado depois do posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à implementação da Lei Magnitsky dos Estados Unidos. Isso pode causar alguma dinâmica prejudicial à performance dos bancos aqui no Brasil, o investidor prefere ficar de fora e acaba realizando suas posições aqui no setor. Com isso a gente vê uma queda acentuada que impacta diretamente o Ibovespa", diz Soares.

Nos Estados Unidos, os índices de Nova York terminaram o dia com desempenho misto. O Dow Jones registrou uma leve alta de 0,02%, enquanto o S&P 500 recuou 0,58% e o Nasdaq 100 perdeu 1,46%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -2,10%, aos 134.432 pontos
  • Dólar: +1,22%, a R$ 5,5009

No radar hoje

Os mercados seguem em contagem regressiva para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira.

No Brasil, o dia começou com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da 2ª quadrissemana de agosto, que mostrou desaceleração da inflação em São Paulo, de 0,29% para 0,09%.

Na agenda doméstica, o destaque do dia foi a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin na 26ª Conferência Anual do Santander.

No cenário internacional, o mercado acompanhou o discurso de Michelle Bowman, diretora do Fed, em evento.

No fim do dia, às 22h15, o Banco Central da China divulga a decisão das taxas de juros de 1 e 5 anos (LPR).

Na pauta política, o foco segue nas negociações pela paz na Ucrânia, após a reunião de Donald Trump, Volodymyr Zelensky e líderes europeus em Washington na véspera.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas encerraram o pregão majoritariamente em queda, refletindo o mau humor vindo de Wall Street. No Japão, o Nikkei 225 caiu 0,38% e o Topix recuou 0,14%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,81%. Na China, o CSI 300 caiu 0,38% e o índice de Xangai recuou 0,02%, com o Hang Seng de Hong Kong cedendo 0,21%.

Na Europa, os mercados fecharam em alta. O Stoxx 600 avançou 0,73%, com apoio do CAC 40 em Paris (+1,21%), do DAX em Frankfurt (+0,44%) e do FTSE 100 em Londres (+0,37%).

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