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Ibovespa cai 0,10% mesmo com alta de Vale e de Petrobras

Queda do índice foi puxada pelos bancos, Itaú recuou 1,35% nesta terça-feira

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de julho de 2025 às 15h30.

Última atualização em 22 de julho de 2025 às 17h22.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,10% nesta terça-feira, 22, aos 134.035 pontos, acompanhando o alívio de investidores após a véspera relativamente calma no front das disputas tarifárias entre Brasil e Estados Unidos. Os investidores observaram a leve desvalorização do índice mesmo com a alta de Vale (VALE3), que avançou 2,59%, e da Petrobras (PETR4), que subiu 0,97%.

A queda da bolsa foi puxada, principalmente, pelo setor bancário, como o Itaú (ITUB4) que desvalorizou 1,35%, com um dos maiores volumes negociados do dia, superior ao volume da Petrobras em negociação do dia.

O dólar fechou em leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,567, refletindo a expectativa pelas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia.

Em Nova York, os índices de Wall  Street terminaram o dia com desempenho misto. O S&P 500 subiu 0,06%, Nasdaq 100 perdeu 0,35%, enquanto o Dow Jones subiu 0,40%.

Ibovespa hoje

  • Ibovespa: -0,10%, aos 134.035 pontos
  • Dólar: +0,04%, a R$ 5,567

Temporada de balanços

Nesta manhã, a General Motors (GM) divulgou que registrou lucro ajustado de US$ 3 bi no segundo trimestre de 2025 (‑32 %), após impacto de US$ 1,1 bi das tarifas de 25 % sobre peças e veículos importados; a montadora prevê efeito maior no 3º trimestre.

Já a Coca‑Cola publicou que superou as estimativas com alta de 2,5 % na receita orgânica e anunciou o lançamento de uma versão feita com açúcar de cana dos Estados Unidos ainda este ano, alinhando‑se ao apelo do presidente Donald Trump.

Em Washington, Jerome Powell abriu a conferência sobre o arcabouço de capital para grandes bancos, defendendo instituições “bem capitalizadas” e evitando comentários de política monetária em pleno período de silêncio que antecede o Comitê de Mercado Aberto (Fomc).

No front macro, o FMI informou que os saldos em conta‑corrente globais se ampliaram em 0,6 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2024, revertendo a tendência de redução vista desde a crise de 2008.

O que aconteceu

O governo divulgou o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre e zerou o contingenciamento após elevar projeção de receita do ano em R$ 27,1 bilhões.

No exterior, discursos da diretora Michelle Bowman (Fed) e o jantar informal entre Christine Lagarde (BCE) e Nadia Calviño (Banco Europeu de Investimento) permanecem no foco, em meio às críticas diárias do presidente Donald Trump à independência do banco central americano.

No front corporativo, depois dos números já divulgados de GM e Coca‑Cola, que balizam o sentimento em Nova York, a brasileira Neoenergia apresenta resultado após o fechamento.

Mercados internacionais

Na Ásia, os índices fecharam mistos: Xangai (+0,3 %) e Hong Kong (+0,3 %) subiram com otimismo no setor de infraestrutura, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,3 % diante da proximidade do prazo de 1º de agosto para acordo tarifário com Washington. Já o japonês Nikkei oscilou levemente após ruídos políticos em Tóquio.

Na Europa, o Stoxx 600 desvalorizou 0,46%, com quedas lideradas pelo setor químico e crescente apreensão sobre eventuais retaliações do bloco se não houver acordo comercial com os EUA antes do prazo de 1º de agosto.

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