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Ibovespa fecha em queda de mais de 1% após o resultado positivo do PIB; dólar subiu 0,93%

Na quinta-feira, 29, o índice fechou com queda 0,26%, aos 138.534 pontos, com o mercado repercutindo as incertezas sobre as tarifas de Trump

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de maio de 2025 às 10h19.

Última atualização em 30 de maio de 2025 às 17h41.

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Ibovespa fechou em queda de 1,09% nesta sexta-feira, 30, aos 137.026 pontos. O índice recuou após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre, que veio forte, colocando em dúvida a tese de fim de ciclo de alta da Selic.

As bolsas internacionais, por sua vez, operaram com viés de cautela diante das incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos, preocupações com a inflação e dados econômicos mistos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones registrou leve alta de 0,13%, o S&P 500 caiu 0,01% e o Nasdaq recuou 0,32%.

O mercado também repercutiu o índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE), dado de inflação favorito do Federal Reserve (Fed), que ficou em 0,1% em abril, em linha com a expectativa do mercado.

O ambiente de tensão é alimentado pela indefinição sobre as tarifas “recíprocas” dos EUA, após uma reviravolta judicial que gerou ainda mais incerteza sobre a política comercial americana. A instabilidade preocupa também a União Europeia, que alertou para os impactos econômicos do impasse, classificado como “urgente”.

Na Europa, as bolsas fecharam com resultados mistos. O DAX, de Frankfurt, reduziu 0,31%. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,64%, e o CAC 40, de Paris, caiu 0,36%. O índice europeu Stoxx 600 subiu 0,14%.

Na Ásia, os principais mercados fecharam no vermelho, pressionados por números acima do esperado da inflação em Tóquio. O índice Nikkei caiu 1,22% e o Topix recuou 0,37%. Na China, o CSI 300 perdeu 0,48% e o Hang Seng caiu 1,2%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, cedeu 0,84%.

O dólar registrou alta de 0,93%, cotado a R$ 5,7195 no mesmo horário.

Ibovespa hoje

  • IBOV: - 1,09%, aos 137.026
  • Dólar: +0,93%, a R$ 5,7195

O que aconteceu hoje

O PIB do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, em relação aos três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo IBGE.

O resultado, que totalizou R$ 3 trilhões no período, veio em linha com as expectativas do mercado, que projetava alta entre 1,2% e 1,7%. O avanço foi impulsionado pelas altas de 12,2% da agropecuária e de 0,3% dos serviços — setor que representa cerca de 70% da economia brasileira. Na comparação anual, o PIB subiu 2,9%, com alta acumulada de 3,5% em 12 meses.

Nos Estados Unidos, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE), que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,1% em abril ante março, conforme dados do Departamento do Comércio também divulgados nesta sexta. O número veio em linha com as projeções de analistas consultados pela FactSet. Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 2,5%. A medida é considerada o principal indicador de inflação monitorado pelo Federal Reserve.

No radar, a Baker Hughes divulgou os dados de petróleo. No fim da noite, a atenção se volta para a China, que divulga às 22h30 os PMIs industriais e de serviços de maio.

Entre os eventos relevantes, os investidores acompanharam uma coletiva do presidente Trump, marcada pela despedida de Elon Musk do governo. Austan Goolsbee, dirigente do Fed, discursa às 20h30.

No Brasil, a Aneel divulga ainda hoje a bandeira tarifária para junho.

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