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Ibovespa vira e fecha em alta, superando os 135 mil pontos

Divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA tirou fôlego nas primeiras horas de pregão, mas índice se recuperou e fechou no azul, subindo 0,29% na semana

Bolsa de Valores do Brasil, a B3 (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

Bolsa de Valores do Brasil, a B3 (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de maio de 2025 às 10h55.

Última atualização em 2 de maio de 2025 às 17h24.

O Ibovespa virou no fim do pregão desta sexta-feira, 02, e terminou em alta de 0,05%, aos 135.133 pontos, após oscilar entre 134.355 e 135.275. O volume financeiro somou R$ 24,2 bilhões. Na semana, o índice subiu 0,29%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,05%, aos 135.133 pontos
  • Dólar hoje: -0,38%, a R$ 5,6549

No radar hoje

O payroll, divulgado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS) nesta manhã, mostrou a criação de 177 mil vagas no setor não-agrícola em abril, superando a projeção do mercado, que apontava para 138 mil novos postos -- o que, em tese, esfria as apostas de um corte nas taxas de juros por parte do Federal Reserve.

O resultado foi expressivo, mas os números também sinalizam uma desaceleração em relação a março, quando o país gerou 228 mil empregos. Apesar de o payroll de abril ter superado as expectativas, os dados revisados dos meses anteriores, com cortes de 43 mil em março e 9 mil em fevereiro, apontam para um cenário mais cauteloso.

Para André Valério, economista sênior do Inter, não havia expectativa de que o caos tarifário fosse se manifestar nesse relatório.

"Com o dado de hoje não vemos alteração no cenário para o Fed. A incerteza tarifária ainda é alta o suficiente para manter o Fed em estado de paralisia, apesar dos resultados favoráveis de inflação e emprego que, em outro contexto, poderia permitir a retomada do corte de juros", afirma o especialista.

Valério vê alterações para o Fed apenas em caso de resolução total da incerteza tarifária, sem grandes impactos sobre a inflação. "Esse cenário parece menos provável, com o governo americano ainda não tendo anunciado nenhum acordo comercial e a China mantendo postura rígida para iniciar as negociações, exigindo primeiro a retirada total das tarifas de 145%", afirma.

O outro cenário seria o Fed cortar os juros em resposta a uma eventual recessão. "Para tanto, seria necessário um enfraquecimento substancial do mercado de trabalho. Acreditamos que esse eventual enfraquecimento se materializará apenas no segundo semestre, com o Fed retomando o ciclo de cortes na reunião de setembro".

Enquanto isso, o ambiente geopolítico continua ditando os rumos da bolsa. O Ministério do Comércio da China comunicou ontem que está examina as recentes sinalizações dos Estados Unidos sobre uma eventual retomada de conversas tarifárias. A possibilidade de um acordo é vista pelos mercados como uma oportunidade para aliviar a tensão global e renovar o apetite por ativos de maior risco.

Wall Street no azul

As bolsas americanas mantém forte alta. O índice Dow Jones subia 1,47, o S&P500, 1,58% e o Nasdaq100 avançava 1,78%. A injeção de ânimo é o payroll melhor que o esperado, que afastou momentaneamente o receio de uma recessão, e as notícias de aproximação dos EUA, com China, Canadá, México e outros países para negociarem acordos comerciais.

Como é calculado o índice Bovespa?

O Ibovespa é calculado em tempo real, baseado na média ponderada de uma carteira teórica de ativos. Cada ativo tem um peso na composição do índice, refletindo o desempenho das ações mais negociadas. Se o índice está em 100 mil pontos, o valor da carteira teórica é de R$ 100 mil.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação da B3 vai dar 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h. Já as negociações com o Ibovespa futuro acontecem das 9h às 18h25.

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