Bolsa: No mercado cambial, o dólar opera com queda de 0,49%, cotado a R$ 5,5148 Germano Lüders 20/10/2016 (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 14 de novembro de 2025 às 18h38.
Última atualização em 14 de novembro de 2025 às 18h47.
Após dois pregões seguidos em queda, o Ibovespa voltou a subir nesta sexta-feira, 14, ao fechar com um avanço de 0,37%, aos 157.738 pontos. O principal índice acionário chegou a recuar nas primeiras horas de negociação para um mínima de 156.655 pontos, mas virou com impulso das ações de Petrobras (PETR3 e PETR4) que compesaram a queda nos papéis de Vale (VALE3).
Com o resultado positivo na sessão, o Ibovespa fechou a semana com alta de 2,39%.
Profissionais do mercado também apontam que pode estar entrando mais dinheiro de investidores de fora no Brasil. Isso porque alguns deles estão tirando recursos dos Estados Unidos e aplicando em outros países, em um movimento que acaba beneficiando os ativos brasileiros.
"Acredito que o Ibovespa continua sustentando seu movimento de alta graças à combinação de fluxo estrangeiro, valorização do petróleo e enfraquecimento do dólar", afirmou Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital.
A moeda americana fechou a sessão desta sexta praticamente estável, com leve recuo de 0,02%, a R$ 5,297. Mas, apesar do resultado, na semana a divisa acumula uma depreciação frente ao real de 0,74%.
"A entrada de capital internacional em ações de peso, como Petrobras e grandes bancos, sem dúvidas, mantém o índice próximo de 158 mil pontos. O petróleo segue sendo o principal vetor desse impulso, já que a alta da commodity melhora a percepção sobre empresas exportadoras e reforça a atratividade do Brasil num dia em que os juros futuros se mantêm comportados", complementou Iarussi.
O otimismo com a Bolsa brasileira contrastou, porém, com os principais índices dos Estados Unidos. O Dow Jones recuou 0,66%, assim como o S&P 500, que registrou queda de 0,05%. Apenas o Nasdaq fechou em leve alta de 0,13% favorecido pela recuperação das ações de tecnologia que tombaram nesta semana e levaram as bolsas ao pior resultado desde o dia 10 de outubro.
O mercado repercutiu o tom mais duro de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que derrubou as apostas por um corte de juros em dezembro.
O índice sul-coreano Kospi, de Seul, caiu 3,81, pressionado pelas fabricantes de chips Samsung Electronics (-5,45%) e SK Hynix (-8,50%).
O Nikkei, do Japão, recuou 1,77% em Tóquio. O Hang Seng cedeu 1,85% em Hong Kong, e o Taiex registrou baixa de 1,81% em Taiwan.
Na China continental, o Xangai Composto apresentou queda de 0,97%, e o menos abrangente Shenzhen Composto, de 1,36%.
Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou o tom negativo de Wall Street e da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 1,36% em Sydney.
Os principais índices de ações europeus fecharam em queda com a redução das apostas de um novo corte de juros nos EUA. O índice Stoxx 600 recuou 1,01%, assim como FTSE 100, de Londres, que cedeu 1,11%. O DAX, de Frankfurt, teve queda de 0,69% e o CAC 40, de Paris, caiu 0,76%.