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Ibovespa fecha acima de 159 mil pela 1ª vez e acumula alta de 6,38% no mês

A principal referência do mercado acionário subiu 0,45% nas negociações desta sexta-feira, 28, e foi aos 159.072 pontos

Bolsa foi impulsionada pelo avanço das ações dos "pesos pesados" do índice, os grandes bancos e a mineradora Vale (VALE3) (Germano Lüders/Exame)

Bolsa foi impulsionada pelo avanço das ações dos "pesos pesados" do índice, os grandes bancos e a mineradora Vale (VALE3) (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 18h37.

Última atualização em 28 de novembro de 2025 às 18h55.

O Ibovespa alcançou o segundo recorde de fechamento da semana e superou os 159 mil pela primeira vez na história, impulsionado pelo avanço das ações dos "pesos pesados" do índice, os grandes bancos e a mineradora Vale (VALE3).

A principal referência do mercado acionário subiu 0,45% nas negociações desta sexta-feira, e foi aos 159.072 pontos. Ao longo do pregão, o Ibovespa também renovou por ao menos quatro vezes a máxima intradiária, alcançando no ponto mais alto do dia os 159.689 pontos, a menos de 400 pontos dos 160 mil.

Com o novo recorde, a bolsa brasileira acumula alta de 6,38% em novembro e encerra a semana com 2,78% de ganhos.

Os negócios com ações aconteceram novamente em um ambiente de liquidez reduzida. As bolsas dos Estados Unidos, que fecharam na sessão passada em função do Dia de Ação de Graças, reabriram hoje mas com horário reduzido, até as 15h (horário de Brasília).

Apesar disso, o volume financeiro negociado pelo foi de R$ 19,2 bilhões, acima da média diária de R$ 16,1 bilhões.

Nos EUA, as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião em dezembro voltaram a embalar positivamente os principais índices locais. O Dow Jones subia 0,54% no fechamento; o S&P 500 encerrou com ganhos de 0,54% e o Nasdaq registrou alta de 0,65%.

os investidores ficarem mais otimistas com a possibilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) começar a reduzir a Selic já na sua primeira reunião de 2026.

Segundo Marcos Praça, diretor de análise da Zero Markets Brasil, os investidores estão otimistas com a possibilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) começar a reduzir a taxa básica de juros, a Selic, já na sua primeira reunião de 2026.

"O americano já comprou esse corte novamente dos Estados Unidos, o que também pode abrir um espaço para termos corte no Brasil. Tivemos o IPCA-15 de novembro essa semana tocando o teto da meta fiscal do Banco Central, isso abre espaço para cortar juros", diz Praça.

"A possibilidade de juros mais baixos fortalece os ativos de risco como de renda variável e isso leva a uma reprecificação. Então o investidor já vai se adiantando. É aquele ditado, 'quem chega primeiro, bebe água fresca'. O investidor está se posicionando, já contando com corte de juros", acrescenta.

Petrobras tomba no pregão

Por outro lado, a queda nos papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) impediu avanços maiores do Ibovespa. As ações ordinárias (PETR3), com direito a voto, caíram 2,45%; e as preferenciais (PETR4), com prioridade no recebimento de dividendos, tombaram 1,88%.

O pessimismo com a empresa tem por trás a reação negativa do mercado com o Plano de Negócios 2026-2030, aprovado ontem à noite pelo conselho de administração.

Como esperado, a petrolífera reduziu os aportes previstos até 2030. Agora ela prevê um investimento de US$ 109 bilhões, queda de 1,8% em relação à projeção anterior. Mas os investidores veem riscos na proposta como menos folga no caixa, investimentos altos no curto prazo, que podem reduzir os dividendos, segundo analistas de grandes bancos.

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