Bolsa de Valores de Nova York aguarda com alta expectativa resultado da Nvidia (Leandro Fonseca/Exame)
Redação Exame
Publicado em 27 de agosto de 2025 às 12h45.
Última atualização em 27 de agosto de 2025 às 12h47.
O Ibovespa opera os negócios desta quarta-feira, 27, praticamente estável. Às 12h45, o índice tinha uma leve alta de 0,05% aos 137.820 pontos.
No cenário externo, há alta expectativa dos investidores com o balanço da Nvidia (NVDC34), que sai nesta quarta-feira, 27, após o fechamento do mercado. Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu a promessa de taxar em 50% a Índia, o quarto maior mercado de ações do mundo, por comprar petróleo russo.
No câmbio, o dólar caía 0,01%, cotado a R$ 5,432, no mesmo horário.
Na sessão de ontem, 26, o principal índice da B3 fechou com leve baixa de 0,18%, aos 137.771 pontos. Nos EUA, as bolsas fecharam no campo positivo: o Dow Jones subiu 0,30%, o S&P 500 teve alta de 0,41%, enquanto o Nasdaq avançou 0,44%.
Após ações da Nvidia subirem quase 35% nos últimos meses, investidores querem saber se o balanço do trimestre fiscal da empresa de tecnologia, que desenvolve chips de inteligência artificial, reflete esse crescimento exponencial do papel.
Mais do que descobrir o lucro por ação da Nvidia, o mercado quer entender os planos para os produtos da empresa, em meio às tensões entre Estados Unidos e China, onde mantém importante operação. Os investidores também ficar a atentos a possíveis anúncios de novos investimentos.
Já a efetiva adoção pelos Estados Unidos da tarifa de 50% a Índia como penalização por comprar petróleo russo abre discussões de mais uma interferência americana em um país dos Brics. A Índia se junta ao Brasil com a maior taxação do mundo adotada pelo presidente americano, Donald Trump.
As preocupações do mercado com relação à Índia incluem o fato de que dois terços das grandes corporações americanas têm operações no país. Além disso, o mercado acionário indiano é o quarto maior do mundo, com fluxo estrangeiro de bilhões de dólares.
A União Europeia, por sua vez, acelera a tramitação de uma legislação que remove todas as tarifas sobre produtos industriais dos Estados Unidos, reconhecendo que o acordo com os EUA é benéfico ao país, mas que é preciso cumprir a medida para gerar mais segurança às empresas do velho continente.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista ao UOL, em que falou sobre as eleições de 2026. "Sigo com a mesma opinião de não ser candidato a cargo eletivo", disse. Também afirmou sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil: "A opinião pública apoia". Sobre gastos, Haddad falou que pretende aprovar um corte linear de 10% nos benefícios fiscais. Ele ainda disse: "Se a economia estivesse andando mal, o presidente Lula teria problemas."
No mesmo horário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou do Congresso & ExpoFenabrave.
Às 14h30, saem os números do Caged e o relatório da dívida pública federal, com coletiva do Tesouro na sequência, além do fluxo cambial semanal do BC.
Às 22h, o Banco da Coreia anuncia sua decisão de política monetária.
Na agenda de indicadores, o destaque desta manhã são as estatísticas monetárias e de crédito divulgas pelo Banco Central. Em julho, subiu 0,4% o estoque total de crédito em relação ao mês anterior, de acordo com o BC.
Já a inadimplência de recursos livres – aqueles em que as taxas de juros são livremente negociadas entre a instituição financeira e o tomador do empréstimo, seja pessoa física ou jurídica – registrou 5,2% (incremento de 0,2 ponto percentual (pp) no mês e 0,8 pp no ano).
Em junho, o endividamento das famílias situou-se em 48,7%, com redução de 0,2 p.p. no mês e aumento de 1,0 p.p. em doze meses.
Os mercados internacionais operam mistos nesta quarta-feira, 27, com forte queda na China. A Índia, que teve taxação de 50% sobre produtos importados, o mercado não operou por conta de feriado local.
Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 fechou em alta de 0,20%, enquanto o Topix recuou 0,07%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,25% e o Kosdaq ficou praticamente estável, com alta de 0,01%.
O S&P/ASX 200, da Austrália, ganhou 0,28%. Já na China, o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,27%. O CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, recuou 1,49%.
Na Europa, as bolsas fecharam mistas. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,09%, enquanto o francês CAC 40 avançou 0,44%. Na contramão, o alemão DAX caiu 0,55% e o britânico FTSE 100 recuou 0,12%.
Nos Estados Unidos, às 12h45, o S&P 500 subia 0,17%, o Nasdaq 100 avançava 0,13% e o Dow Jones operava em alta de 0,25%.