Mercados

Ibovespa recua diante de aumento de tensões no Oriente Médio

Às 11:20, o Ibovespa caía 0,43 %, a 118.062,80 pontos

Bolsa de São Paulo: mercado global entra em alerta após um ataque norte-americano no Iraque (Germano Ludes/Exame)

Bolsa de São Paulo: mercado global entra em alerta após um ataque norte-americano no Iraque (Germano Ludes/Exame)

R

Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 10h28.

Última atualização em 3 de janeiro de 2020 às 11h33.

São Paulo —  O Ibovespa abriu em queda nesta sexta-feira, com o mercado global em alerta após um ataque norte-americano no Iraque matar um importante comandante iraniano, agravando as tensões no Oriente Médio.

Às 11:20, o Ibovespa caía 0,43 %, a 118.062,80 pontos. O volume financeiro somava 3,5 bilhões de reais.

O otimismo que marcou a sessão da véspera deu lugar a uma preocupação mundial nesta sexta-feira, após um ataque aéreo dos Estados Unidos matar Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Quds e arquiteto da crescente influência militar do país.

O Pentágono disse que as Forças Armadas dos EUA "tomaram uma ação defensiva decisiva para proteger pessoal dos EUA no exterior ao matarem Qassem Soleimani", e que o ataque foi ordenado pelo presidente Donald Trump para interromper planos de futuros ataque iranianos.

Na visão de Raphael Guimarães, operador de renda variável da RJ Investimentos, a tensão no Oriente Médio pode ser prolongada durante o ano com o desenrolar da história afetando o mercado no longo prazo.

"O mercado está aguardando ansioso o posicionamento do Irã sobre uma potencial retaliação aos Estados Unidos e nos fatores que isso pode desencadear", afirmou, acrescentando que espera que os preços do petróleo continuem sendo puxados no médio prazo.

Às 11h15 o petróleo Brent subia 3,6% e o petróleo dos Estados Unidos avançava 3,5%.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que tentou falar com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre riscos de uma possível alta de combustíveis no país devido ao ataque norte-americano.

Também afirmou que o governo não pode intervir no preço do combustível e destacou que, quando foi feito no passado uma política de tabelamento, não deu certo.

DESTAQUES

- GOL PN e AZUL PN despencavam 2,7% e 2,2%, respectivamente, liderando as baixas do Ibovespa, com o setor aéreo prejudicado pelo salto nos preços do petróleo, um de seus principais custos.

- PETROBRAS PN ganhava 0,85% e PETROBRAS ON subia 0,2%, sendo a petrolífera a principal beneficiada pela alta do petróleo.

- BRASKEM PNA avançava 3%, após acertar com autoridades federais e estaduais de Alagoas acordo de 2,7 bilhões de reais para reparação de prejuízos a milhares de vítimas de fenômeno de afundamento e rachaduras de solo que atinge a capital do estado há meses. A cifra inclui gastos com fechamento de poços de mineração de sal na região.

- B3 ON perdia 1,5%, em sessão de ajustes após ter saltado cerca de 5,8% na véspera, na sequência de anúncio de redução e simplificação de tarifas.

- ITAÚ UNIBANCO recuava 0,2%. BRADESCO PN subia 0,45% e SANTANDER BR UNT tinha oscilação negativa de 0,6%, em sessão bastante volatil.

- GRUPO NATURA ON avançava 1,4%, diante da conclusão da compra da Avon, que fará a companhia brasileira ser o quarto maior grupo de beleza do mundo.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespa

Mais de Mercados

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?

Pfizer vence disputa com Novo Nordisk e compra a Metsera por US$ 10 bi