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Ibovespa sobe 2,4%; Natura e Azzas caem forte com resultado e notícia envolvendo sócios

Ao mesmo tempo, o mercado segue atento ao cenário externo, particularmente em relação à guerra fiscal global e suas possíveis repercussões para a economia

Bolsa: Ibovespa sobe 1% e encerra em 117.806 pontos (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: Ibovespa sobe 1% e encerra em 117.806 pontos (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 14 de março de 2025 às 10h59.

Última atualização em 14 de março de 2025 às 14h49.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, operava em alta na tarde sexta-feira, 14. Às 14h45, o índice subia 2,4%, aos 128.633 pontos, impulsionado por investidores que repercutem os balanços financeiros do quarto trimestre de 2024. Ao mesmo tempo, o mercado segue atento ao cenário externo, particularmente em relação à guerra fiscal global e suas possíveis repercussões para a economia.

Magazine Luiza

O Magazine Luiza (MGLU3) terminou 2024 com lucro. No quarto trimestre, a varejista registrou um lucro líquido recorrente de R$ 139 milhões, um crescimento de 37% em relação ao mesmo período de 2023, abaixo, porém, das estimativas compiladas pela Bloomberg, que previam R$ 145 milhões. O maior reforço para a última linha do balanço veio do foco da companhia na rentabilidade, totalizando o quinto trimestre consecutivo no azul.

A empresa atingiu um Ebitda ajustado de R$ 846,2 milhões no trimestre com margem de 7,8%, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao ano passado. Em 2024, o Ebitda ajustado totalizou R$ 3,0 bilhões, um crescimento de 39%, com margem de 7,8% -- 2 pontos a mais do que um ano antes. Pela manhã, as ações do Magalu subiam 14%.

Natura

A Natura (NTCO3) teve um prejuízo de R$ 438,5 milhões no 4º trimestre de 2024, uma melhoria em relação à perda de R$ 2,661 bilhões registrada no mesmo período de 2023. No entanto, os papéis da companhia lideram as quedas do Ibovespa nesta sexta-feira, com queda de 28,98% (R$ 9,64), após várias paradas devido à oscilação máxima permitida. Embora o Citi tenha mantido recomendação de compra, o banco destacou os altos custos e despesas no período, enquanto o Bradesco BBI mencionou uma margem Ebitda abaixo das expectativas, que ofuscou os dados positivos de vendas.

Azzas

As ações da Azzas (AZZA3) operavam em queda de 9,6% na tarde desta sexta-feira, com investidores repercutindo a tentativa de "divórcio" entre os principais acionistas e gestores da empresa, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, menos de oito meses após a fusão entre Arezzo e Soma. Segundo informações divulgadas pelo Pipeline, ambos já contrataram assessores financeiros e legais para buscar alternativas, mas fontes indicam que o desfecho do processo ainda é incerto.

A companhia também divulgou seu balanço financeiro, reportando um lucro líquido de R$ 168,9 milhões no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda anual de 35,8%. A empresa explicou que o desempenho reflete de forma integral a operação consolidada, devido ao processo de incorporação do Grupo Soma pela Arezzo&Co.

As ações da empresa eram negociadas durante a manhã por R$ 22.

Bolsas americanas

Nos Estados Unidos, os índices também mostravam sinais de recuperação. O Dow Jones subia 1,3%, aos 41.344 pontos; o S&P 500 avançava 1,69%, aos 5.615 pontos; e o Nasdaq estava em alta de 2%, alcançando 17.660 pontos. Apesar dessa recuperação, as ações americanas ainda estavam prestes a registrar a quarta semana consecutiva de perdas, a maior sequência de quedas desde agosto de 2024.

Os mercados dos EUA, embora apresentem alívio após uma venda generalizada que havia levado o S&P 500 a cair 10% de seu pico histórico, continuam vulneráveis a incertezas políticas e geopolíticas. O impacto das manobras políticas de Donald Trump, especialmente em relação às tarifas e outras decisões econômicas, segue pesando na confiança dos investidores. Assim, apesar da recuperação nas bolsas, o sentimento global permanece frágil, com investidores monitorando atentamente os desdobramentos da situação política nos Estados Unidos.

No radar dos investidores está a notícia de que orçamento americano terá votos o suficiente para evitar uma paralisação no governo americano retirou pelo menos um dos fatores de incerteza que vinham pesando sobre o sentimento do mercado, trazendo certo fôlego aos ativos.

Mudanças no horário de negociação da B3

A partir de 10 de março, o mercado à vista da B3 passou a encerrar às 17h, com o after market entre 17h30 e 18h, mantendo a abertura às 10h. Em 31 de março, os contratos futuros de Índices de Ações Europeus serão negociados das 9h às 18h, enquanto o Forward Points com Futuro de Mini Dólar terá encerramento às 12h05.

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