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Ibovespa sobe escorado em bancos antes de julgamento do STF

Bancos devem ter sessão volátil, diante do julgamento sobre a legalidade de indenização a poupadores por perdas com planos econômicos


	Prédio da Bovespa: às 11h52, o Ibovespa tinha alta de 0,71 por cento, a 52.543 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Prédio da Bovespa: às 11h52, o Ibovespa tinha alta de 0,71 por cento, a 52.543 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 12h43.

São Paulo - O Ibovespa subia nesta quarta-feira, levantado por ações de bancos, que devem ter uma sessão volátil, diante do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade de indenização a poupadores por perdas com planos econômicos.

Às 11h52, o Ibovespa tinha alta de 0,71 por cento, a 52.543 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,5 bilhão de reais.

Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil subiam. O julgamento, que começa às 14h, pode decidir que os bancos paguem bilhões de reais a detentores de cadernetas de poupança durante os planos Collor I e II, Bresser e Verão. Na terça-feira, o ministro Marco Aurélio Mello disse à Reuters que proposta de adiamento deve ser apresentada por um dos juízes e votada pelo colegiado do Supremo. 

"Podemos ver volatilidade. Uma pressão de venda pode ocorrer no início e talvez recuperação nas ações se ele for postergado", disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos. 

Na ponta negativa, a mineradora Vale e as siderúrgicas CSN e Usiminas eram destaques, reagindo à previsão da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) da China de que uma alta dos preços de minério é improvável nos próximos três meses. 

A comissão citou os estoques nos portos chineses, principal consumidor global da commodity, e o aumento da oferta da matéria-prima siderúrgica. A fabricante de cigarros Souza Cruz também se sobressaía entre as perdas, com queda de mais de 2 por cento.

A Organização Mundial da Saúde incitou países a elevar impostos sobre o tabaco para encorajar usuários a parar de fumar e aumentar o orçamento público. 

"Considerando as renúncias fiscais propostas recentemente -tornar permanente a desoneração de folha e voltar com o Reintegra- torna-se necessário para o governo a criação de uma nova fonte de receita ou um aumento das atuais", escreveram analistas da XP Investimentos.

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