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IGP-10, atividade industrial dos EUA e tarifas de Trump: o que move o mercado

No fim do dia, os investidores estarão atentos à divulgação do PIB do primeiro trimestre da China

Boeing: o governo chinês ordenou que companhias aéreas domésticas suspendam a compra e o recebimento de aeronaves da Boeing (Randall Hill/Reuters)

Boeing: o governo chinês ordenou que companhias aéreas domésticas suspendam a compra e o recebimento de aeronaves da Boeing (Randall Hill/Reuters)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 15 de abril de 2025 às 07h39.

Nesta terça-feira, 15, os mercados globais operam sob o impacto de novos dados econômicos e da escalada na guerra comercial entre China e Estados Unidos.

No Brasil, o destaque da agenda local é o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de abril, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) às 08h.

Além dos indicadores, o mercado acompanha a movimentação institucional em Brasília. O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, tem encontros relevantes ao longo do dia: pela manhã, ele se reúne com executivos do Nubank, entre eles o CEO global David Vélez. À tarde, o compromisso é com a presidente global do Santander, Ana Botín.

Nos Estados Unidos, às 9h30, será divulgado o índice Empire State de atividade industrial de abril, um dos primeiros sinais do desempenho da economia americana neste segundo trimestre.

Mais tarde, às 20h10, os mercados devem acompanhar o discurso de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), em busca de possíveis sinalizações sobre a trajetória dos juros americanos.

China no radar

No fim do dia, os investidores estarão atentos à divulgação do PIB do primeiro trimestre da China, além dos dados de produção industrial e vendas no varejo de março.

No campo geopolítico, as tensões entre Pequim e Washington ganharam um novo capítulo. O governo chinês ordenou que companhias aéreas domésticas suspendam a compra e o recebimento de aeronaves da Boeing, em meio à intensificação da disputa comercial com os Estados Unidos. Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, as transportadoras também foram instruídas a interromper aquisições de equipamentos e peças de origem americana.

A medida vem na esteira da decisão da China de impor tarifas de até 125% sobre produtos norte-americanos, o que, na prática, torna inviável para as companhias aéreas do país continuar comprando aviões da fabricante dos EUA.

Mercados internacionais

No cenário internacional, ações na Europa e na Ásia operam em alta, após o presidente dos EUA, Donald Trump, indicar que estuda alterar tarifas de 25% sobre a importação de automóveis e autopeças de países como Canadá e México.

O Nikkei 225, do Japão, avançou 0,84%, enquanto o Topix subiu 1%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,88%, e o Kosdaq, voltado a small caps, ganhou 0,41%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,17%. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em alta de 0,23%, enquanto o CSI 300, de Xangai e Shenzhen, encerrou o dia estável.

Na Europa, o índice Stoxx 600 subia 1,1% às 6h45 do horário de Brasília, com destaque para o setor automotivo, que avançava 2,08% após Trump mencionar ajuda às montadoras. Por outro lado, as ações da empresa de luxo LVMH recuavam cerca de 6% após queda inesperada nas vendas do primeiro trimestre.

Já nos EUA, os futuros das ações operam próximos da estabilidade, com leve alta de 0,1% no S&P 500 e 0,2% no Nasdaq-100, enquanto os do Dow Jones recuavam 24 pontos.

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