As vendas totais do Iguatemi somaram R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre, representando um crescimento de 27,4% em relação ao ano passado. (Ancar Ivanhoe/Divulgação)
Repórter de mercados
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 19h46.
O Iguatemi (IGTI11) reportou lucro líquido ajustado (excluindo efeitos não recorrentes) de R$ 208,5 milhões no segundo trimestre 2025, um crescimento de 95,7% em comparação ao mesmo período de 2024. O resultado ficou acima da média das projeções do mercado, que apontava para uma cifra de R$ 113 milhões. A margem líquida foi de 51,2%.
O EBITDA ajustado consolidado alcançou R$ 445,4 milhões, um avanço de 91,2% em relação ao ano anterior, superando as expectativas dos analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle de EXAME), que projetavam R$ 277 milhões para o trimestre. A margem EBITDA ajustada atingiu 109,4%, enquanto o FFO ajustado, que exclui depreciação, amortização e efeitos não caixa, somou R$ 240,4 milhões, um crescimento de 56,2%.
A receita líquida advinda das operações (NOI) foi de R$ 329,8 milhões, com alta de 30% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A receita líquida ajustada foi de R$ 407,2 milhões, com crescimento de 27,8% no mesmo comparativo.
Excluindo as participações em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) dos Shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista e os ganhos com a venda dos shoppings Market Place e Galleria, a receita da empresa foi de R$ 389 milhões, um aumento de 22,1% na comparação anual.
"Estamos vendo resultados consistentes, mesmo em um cenário desafiador, o que reflete a eficácia da nossa estratégia de crescimento com qualidade e disciplina. Nossa capacidade de gerar valor para lojistas e consumidores, aliada à gestão ativa do portfólio, é o que nos permite manter esse desempenho sólido", comentou Guido Oliveira, CFO do Iguatemi.
As vendas totais do Iguatemi somaram R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre, representando um crescimento de 27,4% em relação ao ano passado. O número foi impulsionado pelas aquisições do Shopping Rio Sul e do Pátio Paulista no período. As vendas em lojas que estão funcionando há pelo menos um ano avançaram 12,1% no período, superando a inflação.
O indicador de aluguéis cobrado das lojas que estão nos shoppings há pelo menos um ano (SSR) dispararam 7,5 pontos percentuais na comparação anual, para 10,4%.
O aluguel percentual teve um aumento de 36,1%, apoiado pelas vendas dos lojistas e redução no custo de ocupação, que caiu 0,3 ponto percentual em comparação com o 2T24.
A taxa de ocupação no trimestre atingiu 96,4%, um dos maiores níveis para um segundo trimestre, segundo o Iguatemi, representando um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2024 e estabilidade quando comparada ao primeiro trimestre deste ano.
A inadimplência líquida foi de 0,3%, abaixo da média histórica dos últimos 15 anos, evidenciando a solidez da base de lojistas e a eficiência nas estratégias de cobrança.
O Iguatemi realizará uma teleconferência nesta quarta-feira, 6, às 10h, em videoconferência.