Mercados

Ibovespa volta a subir, mas embolso de lucros limita ganhos

Índice da bolsa brasileira era contrabalançado por movimentos de realização de lucros nos setores de construção e siderurgia

Telão da Bovespa (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Telão da Bovespa (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 13h55.

São Paulo - A Bovespa buscava sua terceira alta consecutiva nesta terça-feira, mas era contrabalançado por movimentos de realização de lucros nos setores de construção e siderurgia, que acumularam ganhos expressivos nas últimas sessões.

Às 12h51, o Ibovespa subia 0,45 por cento, a 58.609 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,6 bilhões de reais.

Mais cedo, o índice chegou a subir 1,67 por cento na máxima intradiária, acompanhando o rali das bolsas externas.

"Continua o bom humor lá fora, com investidores antecipando algum evento dos bancos centrais. Mas é preciso ter cuidado, porque as bolsas estão subindo no vazio", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

"A Europa continua em crise, a economia dos Estados Unidos continua patinando e o Brasil seria fortemente afetado por uma demanda menor por commodities da China. O cenário continua tenebroso", acrescentou.

Os mercados externos ignoravam os poucos indicadores negativos divulgados pela manhã, como o recuo maior que o previsto das encomendas à indústria da Alemanha em junho, e davam continuidade ao rali iniciado na semana passada.

O otimismo se baseava na expectativa de que a Espanha pedirá um resgate soberano em breve e de que o Banco Central Europeu (BCE) detalhará seu plano para combater os elevados custos da dívida espanhola e italiana.

"Os investidores podem estar se precipitando, mas é melhor chegar cedo do que perder o barco", comentou em relatório o australiano Commonwealth Bank.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subia 0,65 por cento e o S&P 500 tinha alta de 0,81 por cento. Já o principal índice europeu de ações fechou com valorização de 0,65 por cento.

Por aqui, o recuo das construtoras e siderúrgicas pesava no índice e neutralizavam o avanço das ações preferenciais da Petrobras, que subiam 2,6 por cento, a 20,44 reais, em um sinal de que o mercado optou por dar um voto de confiança para a presidente da estatal.


Ainda entre as blue chips, a preferencial mineradora da Vale subia 0,54 por cento, a 37,10 reais. OGX, empresa de petróleo e gás de Eike Batista, tinha alta de 1,1 por cento, a 6,21 reais.

JBS era o destaque de alta do índice, com valorização de 5,55 por cento, a 5,90 reais. Em sentido oposto, a preferencial da Usiminas caía 3,05 por cento, a 8,26 reais, devolvendo parte dos ganhos acumulados recentemente.

TIM Participações perdia 2,2 por cento, a 8,83 reais, depois que o Ministério Público do Paraná entrou com pedido na Justiça para nova suspensão das vendas da operadora de telecomunicações no Estado.

Fora do índice, as ações Even caíam 5,2 por cento, a 6,92 reais. A construtora e incorporadora informou lucro líquido de 39,7 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 26,3 por cento ante um ano antes.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Eletrobras muda de nome e passa a se chamar AXIA Energia

Ibovespa opera perto da estabilidade com balanços no radar

Fim da seca dos IPOs? Citi vê horizonte para retomada de ofertas no Brasil

Sem trégua, peso argentino volta a cair e renova mínima histórica frente ao dólar