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Inflação nos EUA, balanços de bancos e tarifas de Trump: o que move o mercado

No Brasil, atenções se voltam às reuniões com o governo sobre tarifas americanas e à audiência do IOF no STF

Supermercado: Inflação nos EUA volta ao foco com divulgação do CPI  (Fikri Rasyid /Unsplash)

Supermercado: Inflação nos EUA volta ao foco com divulgação do CPI (Fikri Rasyid /Unsplash)

Publicado em 15 de julho de 2025 às 08h07.

Os mercados globais operam atentos nesta terça-feira, 15, a uma agenda carregada de indicadores nos Estados Unidos e à repercussão do crescimento acima do esperado da economia chinesa. No Brasil, o foco se volta às articulações políticas e institucionais após a escalada nas tensões comerciais com os Estados Unidos.

O PIB da China cresceu 5,2% no segundo trimestre, superando o consenso de mercado, que previa alta de 5,1%. O número veio em leve desaceleração em relação ao crescimento de 5,4% registrado no primeiro trimestre, mas ainda assim sinaliza resiliência da atividade econômica chinesa. Em junho, a produção industrial do país também surpreendeu positivamente.

Nos Estados Unidos, os dados mais aguardados do dia são o índice de preços ao consumidor (CPI) de junho, que será divulgado às 9h30, e o índice Empire State de atividade industrial de julho, previsto para o mesmo horário. A expectativa é de aceleração da inflação, o que tende a reforçar a postura cautelosa do Federal Reserve em relação a eventuais cortes na taxa de juros.

O dia também marca o início da temporada de balanços do segundo trimestre em Wall Street. Antes da abertura dos mercados, BlackRock, JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup divulgam seus resultados.

No Brasil, a agenda de indicadores está esvaziada, mas os desdobramentos das medidas tarifárias continuam em evidência. Às 10h, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, se reúne com representantes do setor industrial para discutir estratégias de resposta à tarifa de 50% imposta pelos EUA. Mais tarde, às 14h, será a vez de representantes do agronegócio se encontrarem com o governo.

Às 15h, o Supremo Tribunal Federal realiza uma audiência de conciliação sobre o IOF, em mais um capítulo das discussões fiscais que movimentam Brasília.

Ao longo do dia, o mercado também acompanhará uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve. Michelle Bowman fala às 10h15; Michael Barr às 13h45; Thomas Barkin, do Fed de Richmond, às 14h; Susan Collins, do Fed de Boston, às 15h45; e Lorie Logan, do Fed de Dallas, às 20h45.

Fora dos Estados Unidos, o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, discursa às 17h, durante um jantar com investidores no Reino Unido.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, 15, impulsionadas pelos dados do PIB da China. O avanço do setor de tecnologia também contribuiu para o bom humor, com destaque para o Hang Seng, de Hong Kong, que subiu 1,6%, e o Hang Seng Tech, que avançou 2,14%. Na China continental, o CSI 300 fechou estável.

No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,55%; em Seul, o Kospi ganhou 0,41% e o Kosdaq avançou 1,69%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,7%. Em Singapura, o Straits Times renovou máxima histórica com alta de 0,38%.

Na Europa, os índices operavam no campo positivo por volta das 8h (horário de Brasília), com o Stoxx 600 em alta de 0,20%, o DAX de Frankfurt subindo 0,15% e o CAC 40 de Paris avançando 0,05%. O FTSE 100, de Londres, destoava com leve queda de 0,05%. A recuperação de ações de tecnologia ajuda a sustentar os ganhos, mesmo com o mercado ainda atento às novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos.

Em Wall Street, os índices futuros também indicam uma abertura positiva. O Nasdaq 100 avançava 0,58%, o S&P 500 ganhava 0,36% e o Dow Jones recuava 0,07%.

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