Arena MRV é sede do primeiro 'summit' do Banco Inter
Editor de Invest
Publicado em 19 de setembro de 2025 às 17h02.
Última atualização em 19 de setembro de 2025 às 17h11.
BELO HORIZONTE (MG) - Um time diferente entra em campo na Arena MRV. Não tem chuteiras, nem bola no pé, mas chega com bastante opinião e influência no mercado financeiro. As arquibancadas do estádio mineiro, espaço tradicionalmente ocupados pelas torcidas, serão tomadas por investidores: seis mil ingressos foram emitidos. A ideia foi do Inter (o banco, não o clube de futebol), que realiza seu primeiro summit neste sábado, 20, em sua cidade de origem.
O banco tirou executivos da Faria Lima para levá-los ao estádio do Atlético Mineiro, time gerido por uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e que tem a família Menin como sócia majoritária.
O evento dialoga com uma estratégia em andamento no Inter: aumentar a base de usuários do Inter Invest, área de investimentos do super app do banco, hoje com pouco mais de 8 milhões de CPFs e R$ 154 bilhões em ativos sob custódia.
E existe potencial a ser explorado dentro de casa: a base de 40 milhões de correntistas do banco. Foi pensando nela que o Inter também entrou na onda das "caixinhas" onde o cliente guarda valores de acordo com seus objetivos e rendem, no momento, 100% do CDI. No banco elas são chamadas de "porquinhos" e podem ser acessadas com um investimento inicial de R$ 1.
"O porquinho é o primeiro passo para depois fazer a diversificação, sair do CDB e conhecer outros produtos. Dentro do alta renda o crescimento é orgânico, um cliente indica o outro", afirma Mônica Saccarelli, diretora de investimentos do Inter.
"A gente tem uma base democrática", diz Alexandre Riccio, CEO do Inter no Brasil. "Somos o banco favorito da geração Z, na frente de todos os concorrentes. Temos mais de 6 milhões de correntistas com menos de 18 anos de idade e também pessoas idosas.
A base de investidores também é diversificada, diz o executivo. O Inter Invest segmenta os clientes por valores aplicados. O segmento Prime é para quem tem ao menos R$ 150 mil investidos. O Win, para clientes com pelo menos R$ 1 milhão em investimentos na plataforma.
São grupos ainda pouco representativos dentro do universo dos 8 milhões de investidores. O Inter, diz Riccio, não tem pretensão de focar crescimento em segmentos específicos de renda. A ideia é crescer a base de investidores espelhando o público esperado para o evento deste sábado.
"Um perfil democrático, que tem alta renda e o cliente que está começando. Todo mundo junto", arremata o CEO.
A reportagem viajou para Belo Horizonte a convite do Inter