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IPCA, balanço da Braskem e negociação entre EUA e China: o que move o mercado

Representantes de Pequim e Washington se reúnem na Suíça no fim de semana para negociar um acordo comercial

 (Leandro Fonseca/Exame)

(Leandro Fonseca/Exame)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 9 de maio de 2025 às 07h54.

Última atualização em 9 de maio de 2025 às 08h28.

Os mercados globais iniciam a sexta-feira, 9, em tom positivo diante da sinalização de que os Estados Unidos podem cortar em mais da metade as tarifas aplicadas sobre produtos chineses. A informação vem às vésperas do encontro entre EUA e China na Suíça, marcado para este fim de semana, e anima os investidores.

Segundo a imprensa internacional, a Casa Branca discute reduzir as tarifas para um intervalo entre 50% e 54% já a partir da próxima semana. Para os países do sul da Ásia, a alíquota cairia para 25%. A notícia se soma ao acordo fechado entre EUA e Reino Unido, fortalecendo o otimismo nos mercados.

No Brasil, o foco dos investidores se volta para a divulgação do IPCA de abril, às 9h, que deve mostrar nova desaceleração da inflação. Às 10h, saem os dados do fluxo de veículos em estradas pedagiadas (ABCR).

Nos EUA, às 14h, saem os dados semanais da Baker Hughes sobre poços e plataformas de petróleo. À noite, a China divulga o índice de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de abril, às 22h30.

Na agenda de eventos, o destaque é a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento na B3, às 9h30. No exterior, o dia é repleto de discursos de representantes do Federal Reserve: Michael Barr (7h45), Adriana Kugler (9h30), Austan Goolsbee (11h), John Williams e Christopher Waller (12h30), e Lisa Cook e Beth Hammack (20h45).

Na temporada de balanços, a Braskem divulga seus resultados trimestrais após o fechamento do mercado.

Mercados internacionais

Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 9, em meio à expectativa pelas negociações entre Pequim e Washington, marcadas para o fim de semana.

As exportações chinesas subiram 8,1% em abril, superando com folga a projeção de 1,9% do consenso da Reuters, com destaque para o aumento nas remessas ao Sudeste Asiático. Já os embarques aos EUA caíram mais de 21%, refletindo os efeitos das tarifas. O índice chinês CSI 300 recuou 0,17%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,4%.

No Japão, o Nikkei avançou 1,56% e o Topix ganhou 1,29%. Já o Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,09%. Na Austrália, a bolsa fechou em alta de 0,48%, enquanto o índice Nifty 50 da Índia caiu quase 1%, pressionado pelas tensões do país com o Paquistão.

Na Europa, os mercados abriram em alta, apoiados pelo acordo preliminar entre Reino Unido e EUA. No começo da manhã, o índice Stoxx 600 subia 0,4%, o FTSE 100 ganhava 0,4% e os principais índices da Alemanha e da França avançavam mais de 0,5%.

Nos EUA, os futuros de ações operam próximos da estabilidade. O Dow Jones cedia 0,04%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 subiam 0,04% e 0,12%, respectivamente. As bolsas americanas fecharam o pregão anterior em alta, com ganhos de até 1,1% para o Nasdaq, após declarações de Donald Trump sinalizando otimismo com o início das negociações comerciais com a China.

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