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Japão na mira de Buffett: investidor amplia participação em um dos maiores conglomerados do país

Investidor supera 10% de participação e reforça aposta nos conglomerados de comércio japoneses

Warren Buffett: investidor reforça presença nas tradings japonesas (Daniel Acker/Bloomberg via/Getty Images)

Warren Buffett: investidor reforça presença nas tradings japonesas (Daniel Acker/Bloomberg via/Getty Images)

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 07h01.

O megainvestidor Warren Buffett elevou a fatia da Berkshire Hathaway na Mitsui, um dos maiores conglomerados do Japão. Isso faz com que a holding de Buffett se torne um dos principais acionistas da empresa japonesa. O movimento sinaliza mais um passo do investidor norte-americano em direção ao Japão.

A Mitsui informou nesta segunda-feira, 22, que Buffett passou a deter mais de 10% dos direitos de voto da companhia, e sua participação pode ser aumentada ao longo do tempo.

Após o anúncio, as ações da empresa chegaram a subir 2,2%, em Tóquio, e fecharam com alta de 1,44%.

Segundo a Bloomberg, papéis de outras gigantes japonesas também foram impulsionados pela presença de Buffett. Mitsubishi, Itochu, Marubeni e Sumitomo também registraram altas no pregão.

Interesse no Japão

Buffett revelou sua entrada nas cinco maiores empresas de comércio japonesas em 2020. Desde então, os papéis dessas companhias, que atuam em segmentos que vão de gás natural liquefeito à criação de salmão, têm superado o desempenho do índice local Topix.

Originalmente, a Berkshire planejava manter suas fatias abaixo de 10%. Mas as empresas concordaram em flexibilizar esse limite, como Buffett relatou em sua carta anual a investidores publicada em fevereiro.

No fim de agosto, a Berkshire já havia anunciado aumento de participação na Mitsubishi e na Mitsui. A fatia de Buffett na Mitsubishi passou de 9,74% em março para 10,23%, enquanto na Mitsui subiu de 9,82% no primeiro trimestre para acima de 10%. À época, a Mitsui afirmou em nota que via o movimento do bilionário como um "sinal de confiança na empresa".

Segundo a Bloomberg, a diversificação das atividades dessas empresas permitiu que elas atravessassem melhor a volatilidade dos preços de commodities do que concorrentes internacionais, ao mesmo tempo em que aumentaram o foco em retorno aos acionistas.

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