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Julgamento de Bolsonaro no STF e lançamento do iPhone 17: o que move os mercados

Também nesta terça-feira, 9, CNI e Anfavea divulgam dados da indústria e do setor automotivo

Ministro Alexandre de Moraes, do STF: o julgamento será retomado nesta terça-feira, 9, com a leitura do voto de Moraes (Rosinei Coutinho/STF/Divulgação)

Ministro Alexandre de Moraes, do STF: o julgamento será retomado nesta terça-feira, 9, com a leitura do voto de Moraes (Rosinei Coutinho/STF/Divulgação)

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 07h38.

Esta terça-feira, 9, começa sob clima de cautela nos mercados, com atenções voltadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e à expectativa de novas reações do governo Donald Trump.

Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de 0,59%, aos 141.791 pontos, refletindo um dia de ajustes após a divulgação do Boletim Focus.

Julgamento de Bolsonaro

Às 9h, a Primeira Turma do STF retoma o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, deve apresentar seu voto nesta sessão.

A expectativa é que o ministro Flávio Dino inicie a leitura de seu voto ainda nesta terça-feira, embora a conclusão deva ocorrer apenas na quarta-feira. O julgamento será transmitido ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube, com sessões previstas até sexta-feira, 12.

A pressão internacional também entrou no radar. Na segunda-feira, o subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA), Darren Beattie, afirmou que o governo Donald Trump seguirá adotando “ações apropriadas” contra Alexandre de Moraes e outros indivíduos que, segundo ele, estariam minando liberdades fundamentais.

Em julho, Moraes foi alvo de sanções americanas com base na Lei Magnitsky, mecanismo legal criado nos EUA em 2012 que permite aplicar punições econômicas e restrições de visto a estrangeiros acusados de corrupção ou de violações graves de direitos humanos.

No radar hoje

No Brasil, às 10h, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga os Indicadores Industriais de julho, e a Anfavea apresenta os números de produção e vendas de veículos de agosto.

Às 15h30, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reúne-se com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro.

Nos Estados Unidos (EUA), o destaque do dia é a revisão anual preliminar do payroll, divulgada às 11h pelo Departamento de Trabalho.

Mais tarde, após o fechamento do mercado, a Oracle publica seus resultados trimestrais.

Na América Latina, às 18h, o Banco Central do Chile anuncia sua decisão de política monetária.

Já na Ásia, às 22h30, o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS) divulga os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de agosto.

Lançamento do iPhone 17

A Apple apresenta nesta terça-feira, às 14h, o novo iPhone 17. Entre as novidades, o modelo básico deve ganhar tela ProMotion de 120 Hz, enquanto a linha Pro terá câmeras reposicionadas, opção de cor laranja e um modelo mais fino, o iPhone Air. O iOS 26 estreia com o design Liquid Glass, inspirado em elementos translúcidos, mas a grande expectativa por uma Siri renovada com inteligência artificial deve ficar para o futuro.

Historicamente, nos dias de lançamento do iPhone, as ações da Apple tendem a cair, já que investidores realizam lucros após o evento. Parte desse padrão se repetiu em 2025: os papéis se recuperaram da mínima de US$ 169,21 em abril e acumulam alta de quase 41% desde então.

Analistas ouvidos por gestoras como Prime Capital Financial, Matrix Asset Advisors e Nextep avaliam que o rali recente limita novas altas, a menos que a Apple apresente avanços claros em inteligência artificial. Para Pedro Oiticica, sócio da Nextep, a empresa enfrenta um teto de crescimento por já dominar seu mercado e precisa abrir novas avenidas de receita, como um ciclo de inovação em IA capaz de impulsionar a próxima geração de iPhones.

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