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Juro com prazo mais longo segue recuo dos Treasuries

A queda do juro dos Treasuries determinou a retomada da devolução de prêmios entre os vencimentos mais longos dos contratos de juros futuros no Brasil


	Bovespa: no fim da sessão regular, a curva dos juros seguiu a tendência apresentada durante o pregão
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim da sessão regular, a curva dos juros seguiu a tendência apresentada durante o pregão (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 17h24.

São Paulo - As taxas de juros mais curtas terminaram a sessão desta sexta-feira, 25, perto dos níveis de ajustes, recebendo suporte do avanço do dólar ante o real.

Na ponta mais longa, as taxas chegaram ao fim dia em baixa, conduzidas pelo recuo dos Treasuries com a aversão ao risco no exterior devido às tensões entre a Rússia e a Ucrânia.

A agenda de notícias e indicadores domésticos, que incluiu dados sobre a inflação em São Paulo e os números de março do setor externo, ficaram em segundo plano.

A queda do juro dos Treasuries, em meio à escalada das tensões na Ucrânia, determinou a retomada da devolução de prêmios entre os vencimentos mais longos dos contratos de juros futuros no Brasil.

Autoridades dos Estados Unidos afirmaram que jatos russos sobrevoaram o espaço aéreo ucraniano algumas vezes ao longo das últimas 24 horas, em movimento qualificado por uma das fontes como provocação contínua do aumento das tensões na região.

O presidente dos EUA, Barack Obama, participou de teleconferência hoje com outros líderes ocidentais para discutir a possibilidade de uma nova rodada de sanções contra a Rússia.

Durante a madrugada, a Standard & Poor's rebaixou o rating em moeda estrangeira da Rússia de BBB para BBB-, apenas um nível acima do grau especulativo.

No fronte domésticos, o Banco Central disse que o déficit em transações correntes do país somou US$ 6,248 bilhões em março, resultado negativo menor que a mediana estimada após levantamento do AE Projeções, de -US$ 6,4 bilhões.


Já os investimentos estrangeiros direto (IED) somaram US$ 4,995 bilhões no mês passado, superando a mediana das estimativas coletadas, de US$ 3,5 bilhões.

Já a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,57% na terceira quadrissemana de abril.

O número representa uma desaceleração em relação à segunda leitura do mês, quando apresentou um avanço de 0,63%. Na terceira medição de março, o índice havia marcado alta de 0,76%.

No fim da sessão regular, a curva dos juros seguiu a tendência apresentada durante o pregão. O DI para julho de 2014 estava em 10,855% (32.675 contratos), na máxima, de 10,854% no ajuste da véspera.

O vencimento para janeiro de 2015 estava em 11,00% (75.495 contratos), na máxima, de 10,99% na véspera. O contrato para janeiro de 2017 projetava taxa de 12,19% (202.440 contratos), mesmo nível de ontem.

O contrato para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,51% (16.645 contratos), de 12,53% ontem.

O dólar à vista no balcão terminou o pregão cotado a R$ 2,2420 (+1,13%), impulsionado pelas especulações de que o Banco Central rolará apenas parcialmente o lote de swaps cambiais que vencem em maio.

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