Mercados

Juros longos reduzem prêmios com queda do dólar

Na ponta longa prevaleceu viés de baixa, motivado pela queda do dólar, retração nos yields dos Treasuries e continuidade de fluxo positivo a ativos brasileiros


	Bovespa: ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 estava em 10,867%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 estava em 10,867% (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 17h17.

São Paulo - Os juros futuros de curto prazo encerraram a sessão desta terça-feira, 08, perto dos ajustes anteriores, com os investidores aguardando a divulgação do IPCA de março, amanhã, e a ata do Copom, na quinta-feira.

Já na ponta longa prevaleceu um viés de baixa, motivado pela queda do dólar, a retração nos yields dos Treasuries e a continuidade de fluxo positivo para ativos brasileiros.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (34.610 contratos) estava em 10,867%, de 10,861% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2015 (187.955 contratos) marcava 11,06%, de 11,05%. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (603.040 contratos) apontava 12,17%, de 12,30%. O DI para janeiro de 2021 (87.025 contratos) tinha taxa de 12,48%, ante 12,63%. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos caía a 2,676%, de 2,698% no fim da tarde de ontem.

Já o dólar à vista no balcão caiu 0,54%, fechando a R$ 2,2050 - o menor nível desde 30 de outubro do ano passado. Enquanto isso, as renovadas tensões entre Ucrânia e Rússia fizeram os investidores deixarem os mercados russos e buscarem oportunidades em outros mercados emergentes com retornos atrativos, como o Brasil.

Os profissionais da renda fixa afirmam também que houve um acionamento de ordens de "stop" entre os investidores locais, classificados como "mais pessimistas" quanto ao cenário doméstico, aprofundando a queda das taxas longas.

"Com esse apetite dos estrangeiros pelo risco dos países emergentes, esses players ficaram para trás", comenta um operador.

O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, também atribuiu a retirada de prêmios nos vértices mais longos às coletas diárias de inflação, que tentam mensurar o comportamento do IPCA, por mostrarem desaceleração na taxa do indicador e também entre os alimentos.

Além do IPCA e a ata do Copom, amanhã o Federal Reserve divulga a ata da sua última reunião, na qual as compras mensais de bônus foram reduzidas para US$ 55 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresJurosTaxas

Mais de Mercados

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?

Pfizer vence disputa com Novo Nordisk e compra a Metsera por US$ 10 bi