Mercados

Juros sobem com dados do desemprego e movimento técnico

O avanço dos DIs foi amplificado por operações de stop loss - compra ou venda automática a partir do alcance de níveis predefinidos de preços dos ativos


	Bovespa: taxa do DI (620.605 contratos) para janeiro de 2015 estava em 11,63%, ante 11,43% no ajuste
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: taxa do DI (620.605 contratos) para janeiro de 2015 estava em 11,63%, ante 11,43% no ajuste (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 16h28.

São Paulo - Os contratos futuros dos juros terminaram em alta nesta quinta-feira, 30, refletindo dados do desemprego na mínima recorde.

O avanço dos DIs foi amplificado por operações de stop loss - compra ou venda automática a partir do alcance de níveis predefinidos de preços dos ativos.

A taxas fecharam a sessão com o mercado precificando três altas de 0,50 ponto porcentual para a taxa básica de juros, a Selic, nas próximas reuniões do Banco Central.

No fim do pregão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril (430.910 contratos) de 2014 marcava 10,590%, de 10,536% no ajuste de quarta.

A taxa do DI (620.605 contratos) para janeiro de 2015 estava em 11,63%, ante 11,43% no ajuste. O DI para janeiro de 2017 (319.580 contratos) apontava 12,93%, de 12,85% na véspera e o DI para janeiro de 2021 (13.670 contratos) apontava 13,31%, de 13,35% na véspera.

A taxa de desemprego de 4,3% em dezembro, divulgada nesta quinta pelo IBGE, foi determinante para alta dos DIs. A avaliação dos investidores foi de que o número reforçou o cenário ruim de inflação e a perspectiva de que o Banco Central manterá o ciclo de alta da Selic.

Os juros futuros permaneceram em alta depois de um leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e da divulgação do relatório sobre o resultado primário do governo central. Do lote de 1 milhão de LTN para o vencimento de 1/4/2015, o Tesouro vendeu 500 mil papéis, com taxa média e máxima de 11,9399%, sem corte nas propostas. Além disso, não foram aceitas propostas para os lotes de 750 mil LTNs para o vencimento de 1/4/2016 e de 1,5 milhão de LTNs para 1/1/2018.

As contas do governo central apresentaram em 2013 um superávit primário de R$ 77,072 bilhões, o que equivale a 1,60% do Produto Interno Bruto (PIB).

Este é o menor valor desde 2009, quando o superávit primário foi de R$ 39,436 bilhões (1,2% do PIB). O valor, no entanto, é maior que os R$ 75 bilhões anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início de janeiro. No mês de dezembro, o superávit primário do governo central foi de R$ 14,532 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosB3bolsas-de-valoresJurosTaxas

Mais de Mercados

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?

Pfizer vence disputa com Novo Nordisk e compra a Metsera por US$ 10 bi