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Justiça bloqueia tarifas, PIB dos EUA e desemprego no Brasil: o que move o mercado

Indicadores de atividade e inflação nos EUA, além da taxa de desemprego e resultado do Tesouro no Brasil, estão no radar dos investidores

Publicado em 29 de maio de 2025 às 07h28.

Nesta quinta-feira, 29, os mercados começam o dia embalados pela notícia de que um tribunal comercial dos Estados Unidos bloqueou as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. O movimento anima as ações, com a Nvidia disparando quase 5% no after hours, enquanto a HP recua quase 8% após cortar sua projeção de lucro.

Além desse impulso, os investidores voltam os olhos para indicadores econômicos importantes. Nos EUA, sai a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que deve se recuperar da queda de 0,3% registrada na primeira estimativa. Também serão divulgados o deflator dos Gastos com Consumo das Famílias (PCE) e o núcleo do PCE, além dos pedidos semanais de seguro-desemprego.

No Brasil, o dia é marcado pela divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio e da taxa de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), após os dados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicaram a criação de 257 mil empregos em maio.

À tarde, a expectativa recai sobre o resultado primário do Governo Central, com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, comentando os números em coletiva às 15h. No Congresso, líderes discutem um projeto de decreto legislativo para derrubar medidas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tema que pode movimentar o mercado financeiro.

Na agenda internacional, além dos dados de atividade econômica, são aguardados os estoques semanais de petróleo e as vendas pendentes de imóveis nos Estados Unidos.

Autoridades do Federal Reserve, incluindo Thomas Barkin, Austan Goolsbee, Adriana Kugler, Mary Daly e Lorie Logan, também participam de eventos ao longo do dia, trazendo possíveis sinais sobre os próximos passos da política monetária americana.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da entrega do Programa Terra da Gente em Ortigueira, no Paraná, e depois segue para Itajaí, Santa Catarina, para a cerimônia de retomada das operações do porto da cidade.

Mercados internacionais

Os mercados internacionais operam em alta na manhã desta quinta-feira, 29, impulsionados pela decisão da Justiça dos Estados Unidos de barrar as tarifas “recíprocas” do presidente Donald Trump e pelo corte de juros realizado pelo Banco Central da Coreia do Sul. O otimismo também é sustentado pelos resultados robustos da Nvidia, que seguem favorecendo o desempenho do setor de tecnologia.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em território positivo. O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 1,89%. No Japão, o Nikkei 225 avançou 1,88% e o Topix ganhou 1,53%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,06%, enquanto o CSI 300 — que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen — subiu 0,6%. O S&P/ASX 200, da Austrália, registrou leve alta de 0,15%, e os índices da Índia operaram estáveis.

Na Europa, após a abertura o índice Stoxx 600 subia 0,21%, puxado pelos setores de tecnologia, mineração e automóveis. Já o DAX (Alemanha) avançava 0,26%, o CAC 40 (França) ganhava 0,58%, e o FTSE 100 (Reino Unido) recuava 0,16%. Apesar do feriado da Ascensão em vários países europeus, a maioria das bolsas segue operando normalmente.

Nos Estados Unidos, os índices futuros apontam para uma abertura forte. Os contratos do S&P 500 avançavam 1,69%, os do Nasdaq 100 subiam 2,08% e os do Dow Jones ganhavam 1,31%.

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